segunda-feira, 28 de junho de 2021

O Sorriso e a Cicatriz

 O Sorriso e a Cicatriz

25/06/2021


 

Mara Vanessa Torres Contos e Fábulas


Dois homens muito diferentes, uma aldeia e um grande perigo. Será que podemos nos enganar profundamente a respeito da natureza das pessoas? Esta história mostra que sim. Confira!

Por Mara Vanessa Torres & Rafaela Torres


Foi há muito, muito tempo, durante a Era Kamakura.


Em uma pequena e isolada aldeia de nome Kaze, dois homens eram mencionados constantemente nas conversas e pensamentos dos moradores. Um deles se chamava Kiiro. Com feições agradáveis e um sorriso estampado no rosto, Kiiro estava sempre solícito e bem-humorado, encantando os moradores com seus gestos lisonjeiros e boas conversas.


Constantemente, ele era convidado de honra para as festas e celebrações da aldeia. Todos gostavam de escutar suas histórias sobre triunfos e glórias, além das constantes anedotas e casos espirituosos. Kiiro era tão querido e aguardado como a luz do sol em um dia de inverno.


Em Kaze, também vivia um homem de nome Chairo. Por carregar extensas cicatrizes no rosto e no pescoço, além de outras várias marcas no corpo, Chairo era visto com desconfiança pela comunidade local. Ele sorria muito pouco e passava boa parte do tempo sozinho e trabalhando.


Por conta disso, ninguém se atrevia ou tinha vontade de interagir com Chairo. Os moradores costumavam chamá-lo de “corvo sem bico”, uma referência direta ao seu jeito sisudo, incomunicável e sua expressão sempre severa.


Enquanto Kiiro era desejado e amado, Chairo era isolado e rejeitado. Os dois homens possuíam a mesma idade e tinham chegado em Kaze quase na mesma época. No entanto, para toda a gente do lugar, eles eram como o sol que brilha no céu e a minhoca que percorre a terra.


Certo dia, Kaze foi atacada por duas cobras Mamushi extremamente agressivas. Raivosas, as serpentes lançavam-se ferozmente contra a população, lançando seus venenos mortíferos em tudo o que encontravam pelo caminho.

Desesperadas, as pessoas correram até Kiiro. Suplicantes, elas gritavam:


— Mestre Kiiro, ajude-nos! O senhor é um grande guerreiro. Suas histórias de glória e vitória enchem nosso peito de coragem. Mate as cobras!


Ao perceber a aproximação das víboras, Kiiro ficou com tanto medo que lançou uma criança na direção das rastejantes e saiu correndo. Sem reação, o garotinho estava em vias de ser picado por uma das Mamushi quando, de repente, uma mão pesada segurou o réptil pela cabeça.


A outra cobra pulou em cima do homem, mas, com a mão livre, ele segurou o rabo da temida criatura. Em seguida, o sujeito lançou as cobras Mamushi para longe. Com a queda, as rastejantes cheias de veneno ficaram desnorteadas e, temerosas, fugiram.


Todos os olhares da aldeia estavam voltados para o rejeitado Chairo. Sua expressão continuava sisuda e severa, deixando à mostra o rosto quase inteiramente tomado por cicatrizes.


Sem dizer uma palavra, Chairo deu meia volta e retornou para seus afazeres. Profundamente decepcionados pelos julgamentos precipitados que nutriram durante todo aquele tempo, os moradores de Kaze prometeram que jamais voltariam a julgar alguém de forma superficial.


Dali para frente, eles tratariam Chairo com as honras merecidas e fechariam as portas de suas casas para Kiiro.


No dia seguinte, antes do amanhecer, três pessoas foram deixar tigelas de mingau de arroz e cevada para Chairo. Todavia, a casa estava completamente vazia. O homem das cicatrizes havia ido embora para sempre.


Kiiro e as duas cobras não foram vistos em Kaze novamente. Ninguém nunca mais apareceu na aldeia.



Mara Vanessa Torres é escritora, jornalista, revisora e crítica cultural. Tem profunda admiração e crescente interesse pelo universo artístico e cultural nipônico. @abyssal_waters


Rafaela Torres é escritora, psicóloga, ilustradora e gamer. Apaixonada pela cultura asiática. @rosenightshade


Imagem do topo: Finest Moments por Bright Light NSH


Fonte:Mara Vanessa Torres é escritora, jornalista, revisora e crítica cultural. Tem profunda admiração e crescente interesse pelo universo artístico e cultural nipônico. @abyssal_waters


Rafaela Torres é escritora, psicóloga, ilustradora e gamer. Apaixonada pela cultura asiática. @rosenightshade


Imagem do topo: Finest Moments por Bright Light NSH


Fonte:https://www.japaoemfoco.com/o-sorriso-e-a-cicatriz/

domingo, 27 de junho de 2021

Conheça a história do lunático e psicopata,David Koresh


Conheça a história do lunático e psicopata,David Koresh

Assista esse video do canal do Nilton Cesar Santana.
Um dos melhores canais do YouTube.

A comovente história por trás da foto desses dois irmãos, logo após os infames ataques atômicos de Nagasaki, em 1945

 

A comovente história por trás da foto desses dois irmãos, logo após os infames ataques atômicos de Nagasaki, em 1945

A comovente história por trás da foto desses dois irmãos, logo após os infames ataques atômicos de Nagasaki, em 1945




Silvia Kawanami
Curiosidades do Japão

Foto documental de Joe O’Donnell foi tirada logo após a explosão, em 1945

Imagine se uma guerra estourasse nesse exato momento e seus filhos ou irmãos mais novos fossem subitamente expostos aos horrores da violência e da destruição? Seria terrível não é?

Milhões de crianças foram forçadas a viver essas experiências durante a Segunda Guerra Mundial. Quando elas nos contam suas histórias, parecem irrelevantes devido à distância histórica, mas uma vez que o trauma devastador é transportado para um nível pessoal, tudo radicalmente muda. Talvez seja hora de entender realmente a magnitude da destruição.

Em 9 de agosto de 1945, os dois filhos que você mais ama acordam. O mais velho deles tem nove anos e o mais novo, apenas cinco. Eles viveram dias muito difíceis porque sua cidade foi bombardeada. Eles não sabem o que está acontecendo. Há alguns meses, a vida era tranquila e divertida, mas de uma hora pra outra, tudo ficou subitamente silencioso e escuro.
Naquela manhã, o alerta de bombardeio dispara novamente. Outro ataque está chegando. Os dois irmãos correm para os braços de sua genitora, com medo de que não sintam mais nada. O medo os paralisou mais uma vez. As ruas estão cheias de gritos e frenesi.

Tudo se torna caos e desespero. Os minutos passam e o aviso de aviso de perigo é desligado. Tudo fica em silêncio por um momento. As pessoas param de correr e gritar. Os pequenos param de chorar pensando que tudo acabou. Que eles estão seguros novamente.

A calma é interrompida por um relâmpago feroz. Um segundo depois, a casa pega fogo, o ar se torna sufocante, como se o próprio inferno tivesse sido desencadeado na terra. O cenário que se desenrola é apocalítico após a bomba atômica nuclear cair sobre Nagasaki.
Não há palavras que descrevam o que aconteceu a seguir. As coisas mais horríveis do universo caíram nessa cidade, atingindo todas essas pessoas. Eles mereciam? Com certeza não. Eram pessoas comuns, que de maneira nenhuma mereciam vivenciar essa tragédia.

Meses após a explosão, o fotógrafo americano Joe O’Donnell viajou para Nagasaki com o objetivo de documentar e capturar as consequências da bomba atômica. De todo o material que ele fotografou, a imagem a seguir teve um grande impacto em todo o planeta.

A criança que apareceu na foto correu para os braços de sua mãe minutos antes da detonação. Ele carregava o irmão mais novo nas costas. Mas seu irmão mais novo não sobreviveu a explosão, assim como toda a sua família e grande parte de sua comunidade.

“Vi um menino de cerca de dez anos andando. Ele estava carregando um bebê nas costas. Naqueles dias, no Japão, víamos crianças brincando com seus irmãos ou irmãs nas costas, mas esse menino era claramente diferente. Eu podia ver que ele havia chegado a esse lugar por um motivo sério. Ele não usava sapatos. Seu rosto estava tenso. A cabecinha estava inclinada para trás como se o bebê estivesse dormindo profundamente. O menino ficou lá por cinco ou dez minutos“, disse Joe O’Donnell.
Segundo O’Donnell, o garoto estava na frente de homens usando máscaras brancas, responsáveis ​​pela incineração de corpos sem vida. Ele ficou diante deles, com o corpo ereto, como uma demonstração clara de como o militarismo havia influenciado a vida civil.
Link do vídeo (YouTube)


Segundos depois que a foto foi tirada, o garoto entregou o corpo de seu irmão para que ele fosse jogado nas chamas, se despedindo da última coisa que ele tinha no mundo.

“Os homens de máscaras brancas foram até ele e silenciosamente começaram a tirar a corda que segurava o bebê. Foi quando vi que o bebê já estava morto. Os homens seguraram o corpo pelas mãos e pés e o colocaram no fogo.

O garoto ficou ali sem se mexer, observando as chamas. Ele mordia o lábio inferior com tanta força que brilhava com sangue. A chama ardia baixa como o sol se pondo. O garoto se virou e se afastou silenciosamente. Esta é a história por trás da fotografia que chocou o mundo. É mais uma, entre tantas imagens documentadas que deixam claro por que esse evento nunca deve se repetir em qualquer lugar do mundo“. disse Joe O’Donnell
Esta foto ratifica o clichê da imagem que diz mais que mil palavras. É uma cena de silêncio ensurdecedor que proclama, como só uma grande foto consegue proclamar, a tragédia da guerra estampada nos olhos apagados de um menino órfão de dez anos de idade.

Essa imagem não apenas captura a tristeza da guerra, mas também mostra que a guerra continua afetando suas vítimas, mesmo depois de ter terminado oficialmente.

Fonte:https://www.japaoemfoco.com/a-historia-comovente-por-tras-da-foto-desses-irmaos-apos-os-ataques-atomicos-de-nagasaki/

O SUICÍDIO-MASSACRE DA GUIANA, JIM JONES E O TEMPLO DO POVO

 O SUICÍDIO-MASSACRE DA GUIANA, JIM JONES E O TEMPLO DO POVO









Quando as autoridades americanas e soldados chegaram a Jonestown, três dias depois do suicídio em massa, o cenário não podia ser mais terrível. Dante Alighieri teria ficado impressionado com a visão do Inferno que se transformou a bucólica colônia agrária do reverendo Jim Jones. Cerca de nove centenas de corpos, entre homens, mulheres e crianças, em estado de putrefação, se espalhavam por toda parte. A maioria encontrava-se estendido pelo chão, fora das casas, com o rosto voltado para a terra. Muitas famílias estavam unidas num derradeiro abraço da morte. Vários corpos já tinham sido mutilados, tendo seus pedaços arrancados por famintos animais selvagens. Jim Jones que se dizia o herdeiro de Cristo e de Lênin, deixara a vida como a verdadeira imagem do Diabo.
QUEM FOI JIM JONES?

James Warren Jones, quando criança chamado de Jonesie, nasceu em Lynn no estado de Indiana – EUA. Filho de um ferroviário que lutara na Primeira Guerra mundial e uma dona de casa. Sua cidade natal não lhe dera bons exemplos, Lynn sofria grande influência da Ku Klux Klan, a qual seu pai era seguidor leal. Em Lynn praticamente não existiam negros. Segundo o próprio Jones, “havia uma lei tácita de que os negros não podiam deixar que o Sol se pusesse sobre suas cabeças”. Falando sobre si Jim Jones afirmou que sua vocação para ajudar as pessoas começou quando ele ainda estava na primeira série do primário; nesta ocasião teria travado um diálogo com um vagabundo que parara próximo de sua casa e vendo que o mesmo estava sem esperança e quase desistindo da vida, se dispôs a ajudá-lo. Com o auxílio de sua mãe, Sra. Lynetta Jones, conseguiu-lhe roupas, deu-lhe comida e finalmente arranjou-lhe um trabalho. Jones casou-se aos 18 anos com uma enfermeira, Marceline Baldwin, logo após sair da escola secundária; ainda titubiando entre seguir a carreira médica e clerical. Estudou para ser pastor em Indianápolis e aos 21 anos abriu uma pequena igreja ecumênica em 1953, a Assembléia Cristã da Igreja de Deus. Dez anos mais tarde mudou o nome da igreja para Igreja do Evangelho do Templo de Deus. O casal terminou com oito filhos, sendo sete adotivos entre eles um negro e um coreano.


Aos trinta anos, quando o “Movimento” dos negros nos Estados Unidos começava a ganhar muita força, Jones foi nomeado diretor da Comissão de Direitos Humanos de Indianápolis. Rapidamente seu prestígio crescia divulgando-se na imprensa. Cada vez mais o jovem pastor angariava influência no meio político, civil e religioso. Recrutava negros para a sua igreja, pregando igualdade racial e discursava sobre direitos civis, além de distribuir refeições para os necessitados.


Durante os anos de 1961 a 1963, Jim Jones mudou radicalmente sua forma de vida, optando por um estilo missionário. Mudou-se para Belo Horizonte, no Brasil, onde organizou orfanatos e uma missão religiosa.


De volta a sua terra natal, em 1964 foi ordenado ministro da Igreja Cristã, uma seita importante, com cerca de um milhão e 300 mil seguidores.


O reverendo apresentou um grande tino para negócios. Divulgando a possibilidade de holocausto nuclear, apontou a cidade de Ukiah, no norte da California, e de Belo Horizonte, no Brasil, como os lugares que estariam a salvo da radiação. Em Ukiah comprou uma igreja e alguns terrenos. A partir daí estendeu sua influência para San Francisco e Los Angeles, angariando mais adeptos. Destas cidades organizava excursões para sua terra prometida (Ukiah) que lhe rendiam milhares de dólares a cada final de semana. Mas não eram só as excursões que faziam a renda de Jones crescer, segundo ex-membros da seita, ele sistematicamente espoliava os bens de seus fiéis, além de arrecadar constantes contribuições de seu público. Só em cheque de Assistência Social o Templo do Povo arrecadava 65 mil dólares por mês. Os fiéis deveriam contribuir inicialmente com um quarto de seu salário, depois 40% e, finalmente, entregavam tudo o que possuíam. O dinheiro era tão farto que teve que ser distribuído em 15 contas separadas. Também, segundo afirmações de ex-seguidores, possuía cerca de 10 milhões de dólares em contas na Europa, Guiana e California. Depois do suicídio em massa na Guiana, encontrou-se centenas de milhares de dólares em dinheiro e cheques junto ao cadáver de Jones.


Em 1971 Jones comprou uma antiga sinagoga em San Francisco e uma segunda igreja em Los Angeles. As obras de benefício de Jones atraíam a imprensa nacional e sua fama crescia cada vez mais.


Em 1973 Jones enviou a Guiana uma expedição a fim de encontrar o lugar para criação de sua colônia agrícola para os jovens dos guetos. Em 1974, negociou com o governo da Guiana o arrendamento de 27 mil acres na selva, ao norte da pequena cidade de Porto Kaituma. Por esta época havia ocorrido um incêndio na igreja de San Francisco e Jim Jones havia desenvolvido um sentimento de perseguição por forças malignas nos Estados Unidos, as quais supunha pretenderem destruir a vida de sua igreja.


Ao mesmo tempo começaram a aparecer os primeiros dissidentes da seita, que o acusavam não só de tê-los espoliado materialmente, mas também, aproveitando-se de uma terrível dependência emocional e verdadeira servidão religiosa, subtraía-lhes os entes queridos. Filhos, irmãos e irmãs simplesmente davam as costas para seus familiares e seguiam cegamente o reverendo Jones. Além destas acusações apareciam outras ligadas à exploração sexual, inclusive homossexual, as quais eram agendadas por sua secretária. Em contrapartida o ato sexual era terrivelmente condenado por Jones entre os seus discípulos, muitas das vezes até entre os casados. Além de tudo, não faltavam às muitas denúncias de espancamento e humilhação, aplicados como pena em sua seita.


Em 1976 iniciou o processo de Grace e Tim Stoen contra Jones, acusando-o de aproveitar-se do momento de insanidade do casal enquanto seguiam cegamente as suas orientações, fazendo com que eles dessem legalmente para o reverendo a guarda de seu filho, John-John. Neste momento, livres do pesadelo, queriam seu filho de volta. De fato, Jones criava John-John como seu próprio filho e, talvez, o preferido. A um repórter chegou a dizer que na verdade John-John era seu filho natural, pois Tim Stoen o havia pedido para que tivesse relações sexuais com sua esposa e ele aceitou, por achar que isso os faria bem.


Criou-se na California a associação dos “Parentes Preocupados”, que tinha como objetivo denunciar as manipulações de Jones, além de maus tratos (seções de espancamentos), cárcere privado e alienação de seus seguidores.


Em junho de 1977, Jim Jones mudou-se com toda a sua família para a colônia agrícola da Guiana, Jonestown. Ele acreditava que o isolamento na selva faria com que ficasse livre de seus inimigos nos Estados Unidos. Aliás, procurou manter uma certa aproximação com o governo da Guiana, a fim de que lhe fosse garantido o apoio político deste país.


Nos Estados Unidos o deputado Leo J. Ryan, da California, assumiu a liderança nas investigações sobre as denúncias dos “Parentes Preocupados”, iniciando uma cruzada contra Jones a fim de obter permissão para uma comissão de investigação sobre o caso.
O SUICÍDIO-MASSACRE

O deputado Ryan da California conseguiu em fins de 1978 a autorização do Governo dos Estados Unidos para empreender uma investigação profunda sobre as denúncias dos “Parentes Preocupados”. Desta maneira ele organizou uma comissão para ir à Guiana, levando consigo repórteres e alguns dos "parentes preocupados", que tinham a intenção de convencer seus familiares a deixarem de lado as pregações apocalípticas de Jim Jones e retornarem aos Estados Unidos.


Depois de passarem em Trinidad-Tobago chegaram a Georgetown, capital da Guiana. Após dois dias de preparativos e negociações com as autoridades guianesas e representantes do Templo do Povo, finalmente o deputado Ryan e sua comitiva seguiram, no dia 17 de novembro, para Jonestown, a colônia agrícola de Jones. Percorreram um trecho de uma hora, saindo do aeroporto Timehri, em Georgetown, até a pequena pista de pouso de Porto Kaituma, de onde seguiriam de caminhão por uma estrada lamacenta até a colônia.


A visita começou já no início da noite e variou com o humor de Jones, desde uma calorosa recepção, com comidas e músicas, até literalmente a expulsão da comitiva no final da noite, tendo eles que regressar no mesmo caminhão para o vilarejo de Porto Kaituma, onde foram hospedados numa velha discoteca, cujo dono havia sido convencido a deixá-los passar a noite dormindo no chão.


No dia seguinte, 18 de novembro, retornaram para nova visita às instalações de Jonestown. Esta visita foi marcada pela tensão, pois o deputado Ryan insistia em levar consigo os seguidores que desejavam desistir da seita. Apenas no final da tarde a proposta foi aceita por Jim Jones, mas com as observações que os desertores sempre o traíam ao sair e inventavam terríveis mentiras sobre ele e o Tempo do Povo.


À medida que se aproximava a hora da partida, e já estando confirmadas dez deserções, a tensão aumentara ao ponto de um seguidor de Jones tentar assassinar o deputado Ryan com uma faca. Ryan escapou do atentado graças a investida de um membro da comitiva, Mark Lane, sobre o agressor; sendo este o único ferido com a faca. Decidiram partir imediatamente pois em breve estaria escuro, e o clima de tensão sugeria que algo muito grave estaria para acontecer. Embarcaram um total de 16 pessoas no caminhão para seguirem até a pequena pista de Porto Kaituma.


Chegaram à pista por volta das 16:25h. Estavam decidindo a divisão dos passageiros entre os aviões, que já os esperavam, quando da outra extremidade da pista surgiram, a uma distância de 300 metros, um caminhão basculante e um trator puxando uma pequena carreta, vindos da colônia de Jonestown. Isto já indicava que haveria um grave conflito. O avião menor começou a taxiar e neste momento os ocupantes das viaturas de Jonestown iniciaram o tiroteio. Uma parte da comitiva conseguiu escapar por ter fugido para a mata próxima, mas o rápido ataque deixou cinco mortos, entre eles estava o deputado Leo J. Ryan. Outros três ficaram gravemente feridos. Enquanto ocorria o ataque à comitiva, Jones dava início ao macabro ritual de suicídio coletivo, ou "suicídio revolucionário" como ele pregara diversas vezes durante os vários treinamentos anteriores os quais chamava de Noite Branca.
Segundo o relato dos sobreviventes, Jim Jones mandou que todos os seguidores fossem ao pavilhão de reuniões, dispondo seus guardas armados ao redor da população para evitar que houvesse fuga. Explicou incansavelmente que estava tudo perdido e que em poucos minutos uma força militar guianesa estaria na colônia para prendê-los e lhes infringirem os mais terríveis castigos, inclusive nas crianças e velhos, e que todos deveriam morrer com dignidade tomando a poção que seu médico preparara, uma mistura de suco de uva com cianureto e tranquilizante. Para garantir o comprometimento dos adultos o sacrifício foi iniciado com as crianças, nas quais a dose de veneno era injetada na boca, deixando-os sem qualquer opção. Os adultos seguiam em filas para receberem (alegremente, como narra um dos sobreviventes) suas doses de veneno. Quando muitos começaram a cair, se contorcendo, espumando pela boca e sangrando pelas narinas, houve um momento de sanidade que ocasionou certo pânico entre os seguidores. Alguns tentaram fugir, mas foram detidos pelos tiros dos guardas de Jones. Outros poucos seguidores conseguiram fugir pela selva, ficando centenas de cadáveres espalhados pelo chão. No final o reverendo Jim Jones suicidou-se com um tiro na cabeça. Após a contagem final dos corpos verificou-se um total de 913 cadáveres. Chegava ao fim as promessas de uma sociedade igualitária religiosa-socialista do Templo do Povo.

No altar, sobre o trono do reverendo Jim Jones havia uma placa com uma mensagem que bem pode ficar de lição para a humanidade: AQUELES QUE NÃO LEMBRAM O PASSADO ESTÃO CONDENADOS A REPETÍ-LO.

Fonte:http://histatual.blogspot.com/2011/01/o-suicidio-massacre-da-guiana-jim-jones.html?m=1 SUICÍDIO-MASSACRE DA GUIANA, JIM JONES E O TEMPLO DO POVO

Quando as autoridades americanas e soldados chegaram a Jonestown, três dias depois do suicídio em massa, o cenário não podia ser mais terrível. Dante Alighieri teria ficado impressionado com a visão do Inferno que se transformou a bucólica colônia agrária do reverendo Jim Jones. Cerca de nove centenas de corpos, entre homens, mulheres e crianças, em estado de putrefação, se espalhavam por toda parte. A maioria encontrava-se estendido pelo chão, fora das casas, com o rosto voltado para a terra. Muitas famílias estavam unidas num derradeiro abraço da morte. Vários corpos já tinham sido mutilados, tendo seus pedaços arrancados por famintos animais selvagens. Jim Jones que se dizia o herdeiro de Cristo e de Lênin, deixara a vida como a verdadeira imagem do Diabo.
QUEM FOI JIM JONES?

James Warren Jones, quando criança chamado de Jonesie, nasceu em Lynn no estado de Indiana – EUA. Filho de um ferroviário que lutara na Primeira Guerra mundial e uma dona de casa. Sua cidade natal não lhe dera bons exemplos, Lynn sofria grande influência da Ku Klux Klan, a qual seu pai era seguidor leal. Em Lynn praticamente não existiam negros. Segundo o próprio Jones, “havia uma lei tácita de que os negros não podiam deixar que o Sol se pusesse sobre suas cabeças”. Falando sobre si Jim Jones afirmou que sua vocação para ajudar as pessoas começou quando ele ainda estava na primeira série do primário; nesta ocasião teria travado um diálogo com um vagabundo que parara próximo de sua casa e vendo que o mesmo estava sem esperança e quase desistindo da vida, se dispôs a ajudá-lo. Com o auxílio de sua mãe, Sra. Lynetta Jones, conseguiu-lhe roupas, deu-lhe comida e finalmente arranjou-lhe um trabalho. Jones casou-se aos 18 anos com uma enfermeira, Marceline Baldwin, logo após sair da escola secundária; ainda titubiando entre seguir a carreira médica e clerical. Estudou para ser pastor em Indianápolis e aos 21 anos abriu uma pequena igreja ecumênica em 1953, a Assembléia Cristã da Igreja de Deus. Dez anos mais tarde mudou o nome da igreja para Igreja do Evangelho do Templo de Deus. O casal terminou com oito filhos, sendo sete adotivos entre eles um negro e um coreano.


Aos trinta anos, quando o “Movimento” dos negros nos Estados Unidos começava a ganhar muita força, Jones foi nomeado diretor da Comissão de Direitos Humanos de Indianápolis. Rapidamente seu prestígio crescia divulgando-se na imprensa. Cada vez mais o jovem pastor angariava influência no meio político, civil e religioso. Recrutava negros para a sua igreja, pregando igualdade racial e discursava sobre direitos civis, além de distribuir refeições para os necessitados.


Durante os anos de 1961 a 1963, Jim Jones mudou radicalmente sua forma de vida, optando por um estilo missionário. Mudou-se para Belo Horizonte, no Brasil, onde organizou orfanatos e uma missão religiosa.


De volta a sua terra natal, em 1964 foi ordenado ministro da Igreja Cristã, uma seita importante, com cerca de um milhão e 300 mil seguidores.


O reverendo apresentou um grande tino para negócios. Divulgando a possibilidade de holocausto nuclear, apontou a cidade de Ukiah, no norte da California, e de Belo Horizonte, no Brasil, como os lugares que estariam a salvo da radiação. Em Ukiah comprou uma igreja e alguns terrenos. A partir daí estendeu sua influência para San Francisco e Los Angeles, angariando mais adeptos. Destas cidades organizava excursões para sua terra prometida (Ukiah) que lhe rendiam milhares de dólares a cada final de semana. Mas não eram só as excursões que faziam a renda de Jones crescer, segundo ex-membros da seita, ele sistematicamente espoliava os bens de seus fiéis, além de arrecadar constantes contribuições de seu público. Só em cheque de Assistência Social o Templo do Povo arrecadava 65 mil dólares por mês. Os fiéis deveriam contribuir inicialmente com um quarto de seu salário, depois 40% e, finalmente, entregavam tudo o que possuíam. O dinheiro era tão farto que teve que ser distribuído em 15 contas separadas. Também, segundo afirmações de ex-seguidores, possuía cerca de 10 milhões de dólares em contas na Europa, Guiana e California. Depois do suicídio em massa na Guiana, encontrou-se centenas de milhares de dólares em dinheiro e cheques junto ao cadáver de Jones.


Em 1971 Jones comprou uma antiga sinagoga em San Francisco e uma segunda igreja em Los Angeles. As obras de benefício de Jones atraíam a imprensa nacional e sua fama crescia cada vez mais.


Em 1973 Jones enviou a Guiana uma expedição a fim de encontrar o lugar para criação de sua colônia agrícola para os jovens dos guetos. Em 1974, negociou com o governo da Guiana o arrendamento de 27 mil acres na selva, ao norte da pequena cidade de Porto Kaituma. Por esta época havia ocorrido um incêndio na igreja de San Francisco e Jim Jones havia desenvolvido um sentimento de perseguição por forças malignas nos Estados Unidos, as quais supunha pretenderem destruir a vida de sua igreja.


Ao mesmo tempo começaram a aparecer os primeiros dissidentes da seita, que o acusavam não só de tê-los espoliado materialmente, mas também, aproveitando-se de uma terrível dependência emocional e verdadeira servidão religiosa, subtraía-lhes os entes queridos. Filhos, irmãos e irmãs simplesmente davam as costas para seus familiares e seguiam cegamente o reverendo Jones. Além destas acusações apareciam outras ligadas à exploração sexual, inclusive homossexual, as quais eram agendadas por sua secretária. Em contrapartida o ato sexual era terrivelmente condenado por Jones entre os seus discípulos, muitas das vezes até entre os casados. Além de tudo, não faltavam às muitas denúncias de espancamento e humilhação, aplicados como pena em sua seita.


Em 1976 iniciou o processo de Grace e Tim Stoen contra Jones, acusando-o de aproveitar-se do momento de insanidade do casal enquanto seguiam cegamente as suas orientações, fazendo com que eles dessem legalmente para o reverendo a guarda de seu filho, John-John. Neste momento, livres do pesadelo, queriam seu filho de volta. De fato, Jones criava John-John como seu próprio filho e, talvez, o preferido. A um repórter chegou a dizer que na verdade John-John era seu filho natural, pois Tim Stoen o havia pedido para que tivesse relações sexuais com sua esposa e ele aceitou, por achar que isso os faria bem.


Criou-se na California a associação dos “Parentes Preocupados”, que tinha como objetivo denunciar as manipulações de Jones, além de maus tratos (seções de espancamentos), cárcere privado e alienação de seus seguidores.


Em junho de 1977, Jim Jones mudou-se com toda a sua família para a colônia agrícola da Guiana, Jonestown. Ele acreditava que o isolamento na selva faria com que ficasse livre de seus inimigos nos Estados Unidos. Aliás, procurou manter uma certa aproximação com o governo da Guiana, a fim de que lhe fosse garantido o apoio político deste país.


Nos Estados Unidos o deputado Leo J. Ryan, da California, assumiu a liderança nas investigações sobre as denúncias dos “Parentes Preocupados”, iniciando uma cruzada contra Jones a fim de obter permissão para uma comissão de investigação sobre o caso.
O SUICÍDIO-MASSACRE

O deputado Ryan da California conseguiu em fins de 1978 a autorização do Governo dos Estados Unidos para empreender uma investigação profunda sobre as denúncias dos “Parentes Preocupados”. Desta maneira ele organizou uma comissão para ir à Guiana, levando consigo repórteres e alguns dos "parentes preocupados", que tinham a intenção de convencer seus familiares a deixarem de lado as pregações apocalípticas de Jim Jones e retornarem aos Estados Unidos.


Depois de passarem em Trinidad-Tobago chegaram a Georgetown, capital da Guiana. Após dois dias de preparativos e negociações com as autoridades guianesas e representantes do Templo do Povo, finalmente o deputado Ryan e sua comitiva seguiram, no dia 17 de novembro, para Jonestown, a colônia agrícola de Jones. Percorreram um trecho de uma hora, saindo do aeroporto Timehri, em Georgetown, até a pequena pista de pouso de Porto Kaituma, de onde seguiriam de caminhão por uma estrada lamacenta até a colônia.


A visita começou já no início da noite e variou com o humor de Jones, desde uma calorosa recepção, com comidas e músicas, até literalmente a expulsão da comitiva no final da noite, tendo eles que regressar no mesmo caminhão para o vilarejo de Porto Kaituma, onde foram hospedados numa velha discoteca, cujo dono havia sido convencido a deixá-los passar a noite dormindo no chão.


No dia seguinte, 18 de novembro, retornaram para nova visita às instalações de Jonestown. Esta visita foi marcada pela tensão, pois o deputado Ryan insistia em levar consigo os seguidores que desejavam desistir da seita. Apenas no final da tarde a proposta foi aceita por Jim Jones, mas com as observações que os desertores sempre o traíam ao sair e inventavam terríveis mentiras sobre ele e o Tempo do Povo.


À medida que se aproximava a hora da partida, e já estando confirmadas dez deserções, a tensão aumentara ao ponto de um seguidor de Jones tentar assassinar o deputado Ryan com uma faca. Ryan escapou do atentado graças a investida de um membro da comitiva, Mark Lane, sobre o agressor; sendo este o único ferido com a faca. Decidiram partir imediatamente pois em breve estaria escuro, e o clima de tensão sugeria que algo muito grave estaria para acontecer. Embarcaram um total de 16 pessoas no caminhão para seguirem até a pequena pista de Porto Kaituma.


Chegaram à pista por volta das 16:25h. Estavam decidindo a divisão dos passageiros entre os aviões, que já os esperavam, quando da outra extremidade da pista surgiram, a uma distância de 300 metros, um caminhão basculante e um trator puxando uma pequena carreta, vindos da colônia de Jonestown. Isto já indicava que haveria um grave conflito. O avião menor começou a taxiar e neste momento os ocupantes das viaturas de Jonestown iniciaram o tiroteio. Uma parte da comitiva conseguiu escapar por ter fugido para a mata próxima, mas o rápido ataque deixou cinco mortos, entre eles estava o deputado Leo J. Ryan. Outros três ficaram gravemente feridos. Enquanto ocorria o ataque à comitiva, Jones dava início ao macabro ritual de suicídio coletivo, ou "suicídio revolucionário" como ele pregara diversas vezes durante os vários treinamentos anteriores os quais chamava de Noite Branca.
Segundo o relato dos sobreviventes, Jim Jones mandou que todos os seguidores fossem ao pavilhão de reuniões, dispondo seus guardas armados ao redor da população para evitar que houvesse fuga. Explicou incansavelmente que estava tudo perdido e que em poucos minutos uma força militar guianesa estaria na colônia para prendê-los e lhes infringirem os mais terríveis castigos, inclusive nas crianças e velhos, e que todos deveriam morrer com dignidade tomando a poção que seu médico preparara, uma mistura de suco de uva com cianureto e tranquilizante. Para garantir o comprometimento dos adultos o sacrifício foi iniciado com as crianças, nas quais a dose de veneno era injetada na boca, deixando-os sem qualquer opção. Os adultos seguiam em filas para receberem (alegremente, como narra um dos sobreviventes) suas doses de veneno. Quando muitos começaram a cair, se contorcendo, espumando pela boca e sangrando pelas narinas, houve um momento de sanidade que ocasionou certo pânico entre os seguidores. Alguns tentaram fugir, mas foram detidos pelos tiros dos guardas de Jones. Outros poucos seguidores conseguiram fugir pela selva, ficando centenas de cadáveres espalhados pelo chão. No final o reverendo Jim Jones suicidou-se com um tiro na cabeça. Após a contagem final dos corpos verificou-se um total de 913 cadáveres. Chegava ao fim as promessas de uma sociedade igualitária religiosa-socialista do Templo do Povo.

No altar, sobre o trono do reverendo Jim Jones havia uma placa com uma mensagem que bem pode ficar de lição para a humanidade: AQUELES QUE NÃO LEMBRAM O PASSADO ESTÃO CONDENADOS A REPETÍ-LO.

Fonte:http://histatual.blogspot.com/2011/01/o-suicidio-massacre-da-guiana-jim-jones.html?m=1

Apologética

 Apologética


Alguns estranhos pastores pentecostais americanos.


Fonte: Lista Exsurge Domini

Autor: Dalton Catunda Tocha


Em nosso tempo, vemos dois fenômenos religiosos. Um deles é a expansão do islamismo. O outro é o fenômeno do pentecostalismo protestante, que no Brasil, é capitaneado pela "Igreja Assembléia de Deus" e a "IURD" do Bispo Edyr Macedo. Fiquemos, a discutir apenas o dito pentecostalismo.



A primeira coisa a ser dita é que todos devem ter direito de liberdade religiosa. No entanto, ser ignorante a respeito de um ramo religioso, pode ser ruim. Perder a saúde ou mesmo a vida por um curandeiro, que se diz Pastor Protestante, será muito pior.



Gostamos muito de "macaquear" os americanos. Tomamos coca-cola às toneladas, todos os dias. Toneladas de Mc Donald's as acompanham. Do mesmo jeito, toda a patifaria religiosa de lá, acaba tendo milhões milhões de seguidores aqui.


Crenças religiosas à parte, vemos que aqui, como na terra do tio Sam, que hoje, no século XXI, muitos seguem crenças sobre doenças, dignas da Idade Média. Creem que doenças são causadas por demônios e que o "Espírito Santo" ou "Jesus" ou "Deus" podem dar a cura. Tudo , ajudado por um obreiro, Pastor ou coisa parecida.


A crença em tais imbecilidades, já causou a ruína ou mesmo a morte de milhares de brasileiros. A imprensa covarde ou vendida a milionários do púlpito, não fala nada sobre este assunto. A História do pentecostalismo, é um impressionante amontoado de racismo, anti-semitismo, imoralidade, pedofilia, homossexualismo, mentiras, escândalos, falsos milagres tais, que nem uma grande enciclopédia poderia mostrar a maioria deles. Na verdade, o pentecostalismo teve por berço, uma região e época racista. Seu próprio fundador, o Pastor Charles Parham, era um racista declarado e destacado. Claro, além disto, ele era pedófilo e homossexual.


O título deste artigo é :"Alguns estranhos pastores pentecostais americanos". Evidentemente que aqui não há espaço para mostrar as estripulias, de alguns milhares de pastores pentecostais americanos. Eu apenas mostrarei resumidamente, a vida dos mais importantes pastores pentecostais americanos. Eu apenas mostrarei o principal da vida deles.


Pastor Charles Fox Parham:


O Pastor Charles Fox Parham é tido merecidamente, como o fundador do pentecostalismo. Foi ele o fundador das "Assemblies of God", que aqui no Brasil, tomou o nome de "Assembléias de Deus". Atualmente e desde muitos anos, a maior denominação protestante aqui.


O Pastor Charles Fox Parham, dizia receber os dons do espírito santo. Falava "em línguas", pregava muito. Desde a adolescência, era Pastor. Na verdade, ele foi o primeiro Pastor pentecostal verdadeiro do mundo.


Religião à parte, Parham era racista declarado e militante. Odiava negros e tudo o que não fosse da suprema raça ariana. Pertencia à KKK(Ku Klux Klan), desde tenra idade. Em 1910, enquanto fundava o pentecostalismo, tinha lugar de destaque na Ku Klux Klan.


Este Pastor, foi preso após ter violentado sexualmente um garoto. Como era poderoso, na KKK, soltaram-no logo. Numa hora, bradava no púlpito contra a imoralidade. Noutra, praticava sodomia.Enquanto isto, milhões acreditavam em suas pregações.


Além de racista, gay e pedófilo, o Pastor Parham igualmente acreditava em dilúvio universal e na farsa chamada "anglo-israelismo", a qual dizia serem os britânicos e seus parentes americanos, descendentes de judeus. Ambas as fraudes, foram desmentidas pela Ciência, mas aparentemente o "espírito santo" não falaram a verdade para ele.


O Pastor Parham acreditava e pregava, que a cura milagrosa de doenças era um direito natural dos seguidores da palavra de Deus. Infelizmente, para ele e muitos que o cercavam, a História mostraria uma outra coisa.


A edição 58, volume XVII, Nº 2,ano de 1998, da revista Christian History, mostra uma foto de 1906. Nela, aparece uma foto do Pastor Parham , com sete seguidores, todos estavam nas escadarias do fórum de Carthage, Missouri.


O próprio Pastor Parham, estava segurando uma placa, que dizia: "Apostolic Unity". Os seus seguidores, seguravam faixas que tem escrito: "Life", "HEALTH",etc. Ou seja: Publicamente Parham , mostrava a sua crença de que seguir "a Jesus", lhes daria saúde e proteção contra doenças.


O Pastor Parham, pregava publicamente que se deveria evitar se consultar com médicos e evitar crer em qualquer benefício da Medicina. Que todos deviam ao invés disto, crer que o poder de Deus/Jesus/ES os curaria. Bem , um dos filhos de Parham, pegou uma doença e morreu. Tinha apenas 16 anos. Um outro filho de Parham, morreu também de doença com 37 anos.


Os doentes genuínos que íam aos cultos do Pastor Parham, nunca ficavam curados.Um ávido seguidor do Pastor Parham, tinha uma filha, com apenas 9 anos, chamada Nettie Smith. Esta menina, ficou doente.O pai, recusou tratar a doença da filha. Esperava a cura milagrosa. Ao invés disto, a criança morreu. Este fato, fez muitos se voltarem contra Parham, pois a doença era tratável com a limitada Medicina disponível em 1904. Quanto ao Pastor Parham, ele mesmo sofreu muitas doenças e não raro, estava doente demais para pregar ou viajar.


De dezembro de 1904 até fevereiro de 1905, ele esteve acamado e doente(ver o livro "Fields White Unto Harvest, página 94, autor:James Goff Jr.).O Pastor Parham, foi também o primeiro pregador pentecostal a rezar sobre um lenço e vender lenços idênticos, pelo correio. A um alto preço, evidentemente(Mesmo livro e autor citado acima, página 104).


Suas pregações/patifarias, não pararam aí. Em 1908, o Pastor Parham, passou a pregar que tinha como achar a "Arca da Aliança" bíblica. Ele declarou a jornais, que para achar a arca perdida, tinha que ter dinheiro para ir até a Palestina. Em tempos pré-jato, uma viagem a Palestina, era muito cara.


Bem, os fiéis deram a quantia necessária para a viagem, tudo arrancado dos pobres salários. Parham nunca viajou até a Palestina. Ele simplesmente embolsou a grana para a viagem e inventou que havia sido roubado em New York. Os fiéis acreditaram em mais esta farsa.


Os fiéis de Parham eram crentes mesmo.Um deles, achou que o "falar em línguas", lhe permitiria pregar o evangelho aos indianos. Viajou para Índia e lá notou que nada que falava, os indianos intendiam.

Parham, até o fim da vida, foi racista. Antes de morrer, exigiu que fosse enterrado, onde nenhum negro estivesse perto. Como se vê, o Pastor Parham deve ter sido muito inspirado pelo "espírito santo"... que não é de Jesus.


"Irmã" Aimee Semple Mc Pherson(1890-1944):


Foi a indiscutível fundadora da "International church of foursquare gospel", que no Brasil, é chamada de "Igreja do Evangelho Quadrangular".O livro americano "The Dictionary Of Pentecostal and Charismatic Movements", a chama de "the most proeminent woman leader has produced to date". Em bom português, o livro a chama "a mais proeminente líder feminina, que o pentecostalismo produziu até hoje".


Se Aimee Semple Mc Pherson, foi uma proeminência, um fenômeno religioso, isto nem o mais ateu dos homens, pode discutir. Do nada, ela fundou um Igreja/seita, com milhões de seguidores.


A sua vida religiosa, começou quando ela acompanhou o seu marido, numa viagem missionária até a China. Neste país, o seu marido adoeceu. Morreu logo à seguir. A jovem viúva, retornou para os USA. Nenhuma pessoa imaginaria o que viria a seguir.


Logo depois de voltar, ela se casaria com Harold Stewart Mc Pherson, era 1911. Este segundo casamento, foi um fracasso do começo ao fim. Aimee Mc Pherson, era histérica, nervosa, negligente, preguiçosa. Além de tudo, traiu o seu infeliz marido. Nenhum de seus biógrafos sabe quantas dezenas de amantes, Aimee teve, enquanto o pobre Harold sofria. Ele finalmente, pediu divórcio em 1921(Ver o livro de Eve Simson, The Faith Healer, página 36).


Em maio de 1926, Aimee Mc Pherson deu para sumir por uns tempos. No mês seguinte, ela reapareceu no México, inventando uma fábula, de que teria sido sequestrada. Na verdade toda a fábula era para evitar que percebessem que ela havia tido uma tórrida paixão, com muito sexo, com um homem casado, chamado Kenneth Ormiston. O casal, já havia sido visto antes, numa viagem conjunta à Europa(Sobre esta parte da vida de Aimee, ver os livros "The Vanishing Evangelist" , do autor Lately Thomas).Uma recepcionista de uma loja, mostrou que Aimee e seu amante, estavam na cidade de Karmel, Califórnia. Aimee "comia" o seu amante, ao tempo em que depois inventou à imprensa que estava sequestrada. Várias outras testemunhas mostraram terem visto, as aventuras de Aimee. Enquanto isto, Aimee ia tendo cada vez mais seguidores.


Um ano depois deste escândalo, Aimee começou a enrolar os seus cabelos, a usar jóias, peles caras, usar vestidos curtos. Igualmente, bebia muito e em público, dançava, aproveitava a vida. Anos antes ela pregava contra tudo isto, garantindo o fogo do inferno a quem tivesse tais pecados. Agora, praticava aos montes estes terríveis pecados(ver o livro "Least of all saints". Autor:Robert Barh).


Em 1931, Aimee casou pela terceira vez. Desta vez o imbecíl marido, se chamava David Hutton. De novo, veio divórcio desta vez em 1934.Menos de três anos de infeliz união. Aimee, casou já tendo um harém de homens. E virou ex- mulher de novo.


No livro, já citado, de Robert Barh, tem uma foto de Aimee, com alguns de seus seguidores. Ela aparece caída de bêbada, no chão. Os seguidores, se acham "batizados no espírito santo".E também no chão.


O livro "Sister Aimee", página 221,do autor Epstein, mostra as pregações religiosas, de Aimee. Diante de grandes multidões, ela pregava:"As suas desgraças serão destruídas. As suas doenças serão todas curadas. Basta apenas voces acreditarem.Onde estiver o espírito de Deus, alí estará a sua cura."


Aimee avisava que a cura era parte do evangelho. Bastava ter muita fé e dar dinheiro a sua Igreja/seita. Para se ter acesso à sessões de cura espritual de Aimee, os crentes tinham que comprar um cartão e alí, ficar na linha de cura de Aimee.


O livro "The Healing Question", do autor Arno Clemens Gaebelein, publicado em New York em 1925, editora Our Hope Publications, página 93, mostra um caso triste, envolvendo Aimee Mc Pherson.O autor descreve o que viu:


"Uma jovem garota, usava um óculos. Uma das lentes era totalmente preta.Eu percebi que a menina era totalmente cega de um olho e quase cega do outro. Eu observei tudo o que ocorreu, sentado, bem perto de todo o ocorrido. Enquanto orações eram feitas para ela, a jovem menina, que parecia ter em torno de 11 anos de idade, chorou e contorceu-se toda. Em sua vontade de se curar, ela fazia todos os esforços, para ser curada. Ela deixou o altar e houve um clamor público, iniciado por um dos obreiros presentes, de que ela teria sido curada. Ela gesticulou, dando a impressão, que tinha sido curada. Uma hora depois, quando o culto pentecostal acabara, eu ví um grupo de mulheres agrupadas. De longe, naquele grupo, percebi a presença da garota "curada".Mandei minha esposa ver o que era e falar com a garota "curada", caso fosse necessário. Ela achou a garota supostamente "curada", caída no chão,chorando copiosamente, com as esperanças destruídas e o coração partido. Sua decepção era completa. Assim como a sua desilusão. A melhora da visão, que havia supostamente tido, no altar, tinha sumido totalmente".*


*Nota do autor:A tradução acima, é minha. Traduzido, de autor já falecido. Direito autoral já público.


O autor Robert Barh, no livro "The Least of All Saints", diz muito bem dos últimos anos de vida de Aimee. Aimee ia aos poucos se viciando em drogas. Sua paixão por barbitúricos, se completava ao seu amor por homens na cama.


Amores à parte, ela tinha uma mãe. Ela se chamava Mildred (Minnie) Kennedy. A mãe ajudava a filha no milionário negócio evangélico. O "Angelus Temple" de Aimee era uma supermina de ouro em dinheiro. De fato, dividiam mãe e filha o dinheiro arrecadado dos fiéis. Tanto dinheiro, que deu numa sucessão de brigas horríveis, entre mãe e filha. Já em 1927, Aimee demitiu sua mãe do cargo que exercia na Igreja do Evangelho Quadrangular.


Depois,por um curto período de tempo, Mildred voltou à administrar coisas na Igreja/seita, pois a filha havia feito uma série enorme de investimentos fracassados. Uma briga entre mãe e filha, teve como resultado Aimee quebrar o nariz da mãe com um forte soco(Ver página 296, da obra de Robert Barh, já citada).


A ligação de mãe e filha terminava. O dinheiro e os escândalos de Aimee não. Em 1937, Mildred, apoiada pela neta Roberta, decidiu processar a filha Aimee. Não era a questão do nariz quebrado. O dinheiro era de novo o centro do processo. Aimee ganhou a questão.


Se Aimee ganhava cada vez mais dinheiro, com seu imenso e crescente império religioso, não ganhava paz de espírito. Cada vez mais, se entregava às drogas. Morreu de overdose de drogas em 1944. Deixou para a mãe a quantia de dez dólares, dizendo que caso ela contestasse isto, então não receberia nada (Ver a obra de Robert Barh, página 282).


Pastor A. A. Allen(1911-1970)


Este Pastor evangélico/protestante/pentecostal era um bêbado e um completo charlatão. Ele publicava uma revista chamada "miracle magazine"( revista do milagre). Esta publicação era cheia de imbecilidades e fraudes, como a de uma mulher , que teria perdido mais de 100 quilos em segundos, durante um dos cultos de cura, promovidos por este Pastor. Em 1956, ele começou a dizer que óleo miraculoso aparecia pingando de suas mãos e de sua cabeça.


Ele usava o mesmo truque usado pelo brasileiro Thomas Green Morton, mais de 30 anos depois. Outro dos truques usados por este Pastor, era mostrar notas de US$1,00 virarem "miraculosamente" notas de US$20,00.Qualquer mágico faria melhor, mas os fiéis acreditavam piamente.


Os fiéis, mandavam fortunas em dinheiro. Ele montou um milionário negócio religioso. Ganhava milhões de dólares, todos os anos. Mesmo assim, entregou-se totalmente à bebida. Foi preso por dirigir bêbado, em 1955, enquanto dirigia um "retiro" religioso.


No casamento, foi outro desastre completo. Batia na mulher, tinha amantes. Usava o dinheiro dos fiéis, para sustentar as ditas amantes. Um alcoolatra completo. Enquanto os seus liderados faziam uma "cruzada" religiosa pelo oeste da Virgínia, o Pastor Allen, foi para bem longe dalí, mais exatamente para San Francisco California. Ali morreu sozinho num motel, aparentemente de complicações por alcolismo.


Pastor Jack Coe (1918-1956)


O Pastor Jack Coe, tinha como é tradicional, uma série de pregações de que curaria os doentes pelo "poder de Deus". Ele pregava que "Consultar médicos equivalia a ter a marca da besta bíblica"(Ver o livro de Simson, "The Faith Healer", página 164.).


Uma vida inteira dedicada a falar mal da Medicina e dos médicos. A pregar que "Deus cura", "se você acreditar, será curado",etc.


Bem, em fevereiro de 1956, Jack Coe estava em mais uma de suas "cruzadas de curas milagrosas".Estava em Miami, Flórida. O Pastor Jack Coe impôs as mãos sobre um menino que estava doente de polio. A mãe do garoto se chamava Ann Clark. O Pastor Coe, disse a ela: "Se você acredita que Jesus irá curar o seu filho, retire os ferros das pernas dele".Ela imediatamente tirou as muletas do filho, que tentou dar um passo e caiu de imediato, direto no chão. Mesmo diante de tal demonstração cabal da farsa que eram os ensinamentos do Pastor Jack Coe, ela mesmo assim continuou acreditando nele.


Acreditando que devia seguir esperando a cura, por meio da fé em Deus, ela seguiu as ordens do Pastor Jack Coe. Ela não recolocou os ferros na perna do menino, que ia piorando. Vendo a piora do filho, ela foi a um Médico. O doutor mandou recolocar os ferros no filho.


Revoltada por tudo, ela finalmente percebeu ter sido enganada. Decidiu abrir um processo contra Coe, que garantia que o menino não se curara da pólio, por "não crer no poder de Jesus Cristo". O processo, teve larga cobertura da imprensa. O Pastor Jack Coe foi processado por praticar ilegalmente a Medicina. No final, Jack Coe foi absolvido.


Passaram-se alguns meses. Neste mesmo ano de 1956, o Pastor Jack Coe adoeceu. De que? Poliomielite é claro. O mesmo Pastor que garantia que consultar médicos era se condenar a ter "a marca da besta bíblica", agora estava internado num hospital. Cercado de médicos. Mesmo assim, doença foi piorando. E o Pastor Jack Coe morreu desta doença. Em poucos meses, a realidade da farsa que era este Pastor, foi mostrada a todos.


Pouco tempo depois da morte de Coe, a sua viúva, Juanita Coe, publicou um livro, desmascarando os milagres fajutos de Coe e seus colegas pastores "milagreiros". Infelizmente, a imbecilidade seguiu e Jack Coe, está cheio de sucessores.


Pastor Charles Price(1880-1947):


Este Pastor cedo desenvolveu fé no pentecostalismo. Ele foi inclusive, batizado "no espiríto santo", por Aimee Mc Pherson, já descrita acima.


Em 1922, este Pastor começou "cruzadas de curas", por muitas partes do mundo. Atraía multidões imensas.

No ano de 1923, este pastor promoveu uma "cruzada de curas" em Vancouver, Canadá. Um grupo de médicos decidiu investigar. O Pastor Charles Price, apresentou um grupo de 350 pessoas, que diziam-se "curados" por ele.


O artigo "Faith Healing and Healing Faith", de autor Richard Wolfe, publicado no Jornal da Indiana Medical Association, nº53, abril de 1959, mostra o poder de cura da fé:


Dos 350 se diziam "curados", quando o estudo começou. Após seis meses:


*301 ---»Não haviam melhorado em nada.

*39 -----»Haviam morrido.

*5 ------»Haviam enlouquecido.

*5 ------»Tinham doenças inexistentes.

*0 ------»Haviam sido de fato curados, de doenças genuínas.


Pastor Smith Wigglesworth(1859-1947)


Este Pastor, nasceu num lar protestante e depressa, foi trocando de igreja. Foi metodista, anglicano, etc. No ano de 1907, aderiu ao pentecostalismo, sendo "batizado no espírito santo".


Pregava contra a Medicina. Dizia publicamente, que tendo lenços abençoados, se teria a proteção de doenças, para si mesmo e para seus familiares. Vendia os tais lenços abençoados por uma fortuna, seguindo o caminho do também Pastor Charles F. Parham.


Se tais lenços abençoados, funcionavam em outros, é uma questão de fé. No Pastor Smith, foram um desastre. Seis depois do "batismo no espírito santo", a esposa deste Pastor morreu. Dois anos depois, seu filho também morreu. A sua filha, que era surda. Ía sempre aos cultos de cura, promovidos pelo pai. Morreu completamente surda.O próprio Pastor Smith sofreu de pedras biliares, sendo curado pelos desprezíveis médicos.


Pastor Oral Roberts(1918-?*) :

*Desconheço se Oral Roberts está vivo ou não. Para o aqui escrito, isto não interessa.


O Pastor Oral Roberts, pregou sempre que as doenças, eram criações do demônio. Sendo coisas de demônios, ele dizia que a sua mão direita "captava", os demônios que causavam as doenças. Ele dizia que quando o poder de Deus era enviado para ele, sentia como que um fogo líquido em suas mãos.


Em 1950, ele disse a seus seguidores, que o fim do mundo seria naquele ano mesmo. O fim do mundo não veio, mas Oral Roberts arranjou mais seguidores.


Ele mantinha uma revista de nome "Healing Waters". Na edição de março de 1952, esta revista publicou que "mais de 20.000 grandes médicos congratulam o Pastor Oral Roberts". Desconfiados, dois Pastores presbiterianos, decidiram procurar a American Medical Association (AMA) , para ver se tal matéria era verdadeira. Tudo era uma mentira, inventada por Oral Roberts para se promover.


Nunca houve nenhuma cura , vinda deste Pastor pentecostal/charlatão. Na verdade, todas as "cruzadas de cura" deste Pastor tem sido um conjunto de farsas, misturadas a mortes e até coisas dignas de comédias pastelão.Alguns exemplos:


*Em 8 de setembro de 1950, em Amarillo Texas, Oral Roberts estava pregando suas "curas", numa tenda. Enquanto falava nas "curas", uma imensa ventania chegou. Tão forte que a tenda caiu. Um homem de 64 anos morreu, na queda de um pedaço de madeira na cabeça dele. Primeira "cura" famosa de Oral Roberts.


*Em 10 de setembro de 1950, na mesma cidade de Amarillo Texas, Oral Roberts mandou reerguer outra tenda, para mais "curas". Enquanto ele falava de novo em "curas", outra ventania veio. A lona caiu e desabou. Desta vez, nenhum dos crentes morreu, mas 50 foram para o hospital. Digno de comédia pastelão, não acham?


*Em 1951, numa cruzada de "curas", no Alabama, um homem de negócios foi à cruzada de Roberts. Morreu de ataque cardíaco. Foi a segunda "cura" famosa de Oral Roberts.


*Em 1955, Oral Roberts foi a outra cruzada de "curas". Desta vez foi em Calgary, província de Alberta, Canadá. Um dos crentes , chamado Jonas Rider morreu.


*Em 1956, o Pastor Oral Roberts, decidiu alugar um espaço na televisão. Era o começo da era dos televangelistas, que dura até hoje. Uma crente, chamada Mary Vondersher, apareceu no programa de Oral Roberts, para dar o testemunho de uma "miraculosa cura", obtida por intermédio deste Pastor. Vinte horas depois desta "miraculosa cura", ela morreu.


*O ano de 1959, teve um número recorde de "curas", nas cruzadas de Oral Roberts. Uma crente de 64 anos, morreu em janeiro, em Oakland, California. Em maio daquele ano, em uma nova cruzada, as "curas" vieram em dose dupla. Morreram uma criança de três anos e uma velha índia de 64 anos, que morreu num acidente de estrada.


Para completar, em julho de 1959, uma crente morreu, após ter declarado ter sido "curada" por Roberts, na última cruzada de cura daquele ano.


Após tantas cruzadas de "curas", Oral Roberts, milionário, decidiu abrir uma universidade. Era para obter a cura do câncer. Nada foi obtido, mas dezenas de milhões de dólares foram gastos. Tio Sam e os fiéis são muito bestas.


Pastor John Wimber(1934-1997)


Como todos os outros pastores pentecostais, citados acima, ele pregava as virtudes da "cura pela fé".Garantia ser um canal com Deus para a cura dos homens,etc.


Uma demonstração dos poderes de cura deste Pastor pentecostal ou charlatão, como o queiram, foi que ele tentou "curar" duzentas crianças sofrendo de síndrome de Down. Nenhuma se curou até hoje(Ver o artigo "John Wimber Changes His Mind!", publicado na revista "The Protestant Review" , nº de julho de 1990.O autor é Phillip D. Jensen).


Pastor Jamie Buckingham(1933-1992):


Parecido com todo o resto, Jamie , tinha uma igreja/seita com mais de 2.000 adeptos. A sua principal fonte de renda, foram seus livros, mais de 40 livros. Mais de 20 milhões de exemplares destes livros, foram vendidos.Eles garantiram uma fortuna a este Pastor.


Em 1990, foi diagnosticado câncer neste Pastor. Tanto a sua esposa, como o Pastor Oral Roberts (descrito já acima), "profetizaram" que ele seria curado desta doença. Em julho de 1990, este Pastor disse publicamente que Deus em pessoa, apareceu enquanto ele tomava banho. Deus lhe garantiu, que ele viveria mais de 100 anos, em boa saúde. Em julho de 1990, ele fez uma cirurgia. O médico lhe garantiu que o câncer havia sido removido. E que o prognóstico era bom.


Em outubro de 1990, a revista americana"Charisma", publicou um artigo deste Pastor, intitulado "Healed!".Curado!, numa tradução óbvia. Em abril de 1991, a mesma revista, apareceu com outro artigo deste mesmo Pastor. Desta vez intitulado "My Summer of Miracles".Traduzindo:Meu verão de milagres.


Todas estas "profecias" e "testemunhos",absolutamente foram desmentidas pelo fato. Em 17 de fevereiro de 1992, o Pastor Jamie Buckingham morreu de câncer. Deve ter sido mais uma "cura" de Oral Roberts. Ou terá sido obra de um Deus que gosta de falar com um Pastor, enquanto este está nú?


Pastor Gary North :



Este Pastor está sempre num programa de rádio americano.


Tem milhões de ouvintes e sempre está com milhões de atentos às suas rádio pregações. Afirma que é "um profeta enviado de Deus". Diz-se sempre contra tudo o que não seja protestante fanático e é dado a fazer


"profecias".Alguma destas "profecias":

*Irá acontecer uma guerra nuclear global, ao longo dos anos 1980...

*A União Soviética irá invadir o mundo ocidental e dominar os Estados Unidos...

*A economia mundial irá entrar em colapso até 1990...

*Em 1º de janeiro de 2.000, todas as redes de computadores no mundo entrarão em colapso total...

Tudo um fracasso...


Ah, este "profeta enviado por Deus", diz que não se deve jogar. Ainda bem que tem algum conselho bom, pois ele não acerta uma...


Pastor John Alexander Dowie(1847-1907):


Se o Pastor/racista/pedófilo/gay Charles Fox Parham é o pai do pentecostalismo, este cidadão é o avô de todas as igrejas/seitas pentecostais.


Ele mantinha uma revista chamada "Leaves of Healing", que tinha distribuição e influência mundiais. Nesta publicação e por meio de discursos públicos, Dowie garantia que "Jesus garantia a cura". Dowie tinha um verdadeiro horror não só por médicos, como também por vendedores de remédios. Na verdade , ele dizia que Médico era um instrumento do demônio. Quando a sua própria filha foi queimada por uma lamparina, ela proibiu que ela tivesse passada vaselina em seu ferimento, para aliviar a dor. Na verdade, ele proibiu que sua filha tivesse qualquer alívio da queimadura dolorosa por um médico/instrumento do demônio. A menina teve por fim, uma dolorosa e terrível morte, sem que ele fizesse nada para aliviar seu sofrimento.


Enquanto desprezava os médicos, o Pastor Dowie mandava os doentes às suas "casas de cura pela fé".Cobrava pelas tais "curas", uma pequena fortuna. Ajuntou uma boa grana.


Ele proibiu a seus fiéis de consumirem carne de porco. As tais "casas de cura pela fé", lhe rendiam uma fortuna. Ele foi inclusive condenado em primeira instância por fraude. Esta condenação foi anulada e ele nunca foi preso.

No final da vida, o Pastor Dowie resolveu criar a "City of Zion". Supostamente com fins religiosos, na verdade era uma mera fachada para a sua vida ultra luxuosa e cara. Ele era também um homem que pregava as virtudes do evangelho e na mesma hora, ía "comer" suas dúzias de amantes, que incluiam também menores e dizem - homens.


Em 1901, este pastor se declarou "Elias, o Profeta". Pouco tempo depois este, "Elias, o Profeta", teve um derrame cerebral. Ficou totalmente inválido. O mesmo homem que jurava curar tudo, com poderes divinos, viveu seus últimos dias incapaz de sequer andar.


Qualquer semelhança com vários dos descritos acima e de casos atuais de pentecostais brasileiros, não é mera coincidência.


Quanto à "Zion City", faliu totalmente. No entanto, como nos mostra o "Dictionary of Pentecostal and Charismatic Movement"- Dicionário do movimento pentecostal e carismático, quase todos os fundadores do pentecostalismo, eram ex-seguidores do já falecido Pastor Dowie. De fato, a publicação acima citada, diz que dúzias de pastores pentecostais, vieram da liquidada Zion City e eram fanáticos seguidores do imoral Pastor Dowie. De fato, três dos fundadores das Assemblies of God/Assembléias de Deus, eram ex-seguidores do finado Pastor Dowie.


Pastor Jimmy Bakker , atende pelo nome de Jim Bakker:


O Pastor Jim Bakker,pelo que eu sei, está vivo e bem de saúde. Ele já foi solto da cadeia. Sua Ex-mulher, Tammy Bakker, igualmente, enquanto escrevo estas letras, está bem de saúde.


Este Pastor, desde o início, começou a fazer-se muito rico, no ramo do televangelismo. Suas "pregações do evangelho", levaram o seu PTL(Pray The Lord), a ter mais de 10 milhões de fiéis seguidores apenas nos USA. A programação de seus programas via satélite, atingia nações de todos os continentes.


A fé de tanta gente, do país mais rico do mundo, o tornou um miliardário. Jim Bakker, vivia numa mansão tão imensa, que conhecidos milionários tinham inveja dela. Entre as excentricidades, havia a casa de cachorro, que tinha ar-condicionado. Sim:Casa de cachorro com ar-condicionado!


De fato, a capacidade de convencer as pessoas, deste Pastor era imensa. Sua simples presença, num altar, fazia com que centenas de seus fiéis, começassem a "falar em línguas". Começassem a sentir a "presença do espírito santo". Milhares de milagres eram a ele atribuídos.


De fato, o Pastor Jim Bakker, oferecia o que seus fiéis buscavam. Sempre de bíblia na mão, dizia-se sempre "inspirado por Deus". Seus sermões sempre pregavam contra o pecado, principalmente a homossexualidade, o sexo fora do casamento, exigiam uma vida regrada e modesta. Falavam sempre do valor da honestidade e do trabalho. Garantia que os praticantes de sodomia ou de adultério "tinham lugar garantido no inferno". Nada muito diferente dos sermões religiosos, exceto no imenso volume arrecadado.


Nos bastidores, o "pai da moralidade", se transformava. Tão logo terminava o seu programa televisivo, cheio de pregações de moral e cristianismo, este Pastor se entregava ao sexo. Ele mantinha um harém de prostitutas e de gays altamente bem pagos. Entre suas preferências sexuais estava claro, a sodomia. Nada em assunto de sexo, lhe dava mais prazer, nem era por ele mais praticada. Seu casamento com Tammy, era apenas uma fachada, que ambos mantinham, para enganar os fiéis e arrecadar fortunas em dinheiro.


A imensa generosidade/imbecilidade dos fiéis, já nos anos setenta, os tinha feito milionários. O Pastor Jim Bakker, sonhava com mais e conseguiu. Ele arrecadou algumas dezenas de milhões de dólares e construiu um imenso parque temático, de nome "Heritage USA". Uma verdadeira "Disneylândia cristã"( Ver livro "A Revanche de Deus", de Gilles Kepel ,páginas 125-133).


Era um parque de dimensões imensas. Uma piscina imensa era destinada apenas a se fazerem batizados.Havia um edifício imenso, com uma imitação do inferno. Outro maior ainda, mostravam o paraíso. Construções imensas, mostravam inúmeros temas bíblicos. Tudo isto atraía milhões de visitantes por ano.


A imensa piscina de batismo no "espírito santo", levava milhares de crentes a terem delírios divinos, a "falarem em línguas", a desmaiarem ao "sentir a presença de Deus". Se Deus/Jesus/Espírito Santo estavam fazendo tais coisas, é uma questão de fé. Não é uma questão de fé, o fato desta "Disneylândia cristã", ser o lugar preferido para o Pastor Bakker ter suas surubas e bacanais sexuais, num lugar escondido em meio a esta "Disneylândia cristã". Heritage USA, era também um motel gay, embora seus milhões de visitantes anuais ignorassem isto.

Já nos anos setenta, um jornal americano, o "The Charlotte Observer", já começava a denunciar o casal de evangélicos. Infelizmente, tudo o conseguido com tais denúncias, foi a revolta dos milhões de seguidores dos Bakker. Outras denúncias bem mais curtas, em outros órgãos de imprensa, igualmente deram em nada(Livro "A Revanche de Deus".Autor:Gilles Kepel, páginas 125-130).


Curiosamente, quem o desmascarou para sempre, foi um outro Pastor, chamado Jimmy Swaggart, que será descrito logo a seguir. Swaggart, ficou cheio de inveja, pela imensa fortuna do chará e colega. Ao mesmo tempo já tinha informações sobre Bakker. Swaggart, contratou um Detetive particular. Este voltou com um monte de fotos comprometedoras, de posse delas e de gravações, Swaggart fez chegar tudo à imprensa. Ao mesmo tempo, vários repórteres já dispunham de toda a sorte de coisas terríveis contra ele. Para completar, uma das ex-amantes do Pastor Jim Bakker, posou nua numa revista masculina.


A "Heritage USA", foi à falência. Seguiu o caminho da "Zion City" do Pastor Dowie, quase cem anos antes. Dezenas de milhões de dólares de fiéis, sumiram. O Pastor Jim Bakker, foi a julgamento por falência fraudulenta. Condenaram-no a 45 anos de cadeia. Uma instância superior, diminuiu a pena e ele já está solto. Ouvi dizerem, que segue pregando, mas com um número diminuto de fiéis. Quanto a casa de cachorro com ar-condicionado, foi vendida em leilão, para pagar as dívidas milionárias da "Heritage USA" e outros negócios fraudulentos de Jim Bakker. A então esposa de Jim, Tammy Bakker, encerrou a farsa a que chamava de casamento.


Pastor Jimmy Swaggart:


O Pastor Jimmy Swaggart, era outro dos grandes "televangelistas", ao lado de seu chará Jimmy Bakker. Tinha um programa de televisão, exibido em todos os continentes. Passava aqui no Brasil, tendo milhões de telespectadores.

Tal e qual seu chará, ele era um Pastor. Em seu programa com dezenas de milhões de telespectadores no mundo todo, bradava contra a imoralidade. Sempre próximo de uma bíblia, exigia milhões de dólares de contribuição. Dizia-se mensageiro de Deus. Garantia que os adúlteros iam ao inferno. Nada muito diferente de Jim Bakker.


Na várias vezes que veio ao Brasil, Swaggart atraiu sempre imensas multidões. Pessoas desmaiavam. Milhares "falavam em línguas", apenas ao saber que ele estava próximo. Milhares de "milagres" , eram a ele atribuídos aqui no Brasil.


Diante de tal fachada, havia um patife imoral e falso. No mesmo dia que pregava sermões contra a imoralidade, pagava os serviços de prostitutas. Gostava muito de sexo. E claro, o dinheiro dos fiéis, lhe dava um padrão de vida de milionário.


Como escrito antes, ele aproveitou-se da queda do chará e colega Jimmy Bakker. O último, resolveu-se a dar o troco. Bakker contratou um outro Detetive particular. Este desmascarou totalmente Jimmy Swaggart, como uma xerox de Bakker.


Desmascarado, o Pastor Swaggart chorou publicamente em seu programa. Tais lágrimas, não impediram a queda vertiginosa das doações de seus fiéis. Segundo o E-mail me enviado por um americano, Jimmy Swaggart segue Pastor, embora com pequena comunidade de seguidores.


A minha conclusão final:


Como já havia escrito antes, para se escrever sobre as patifarias e abusos dos pastores pentecostais, precisaria de escrever uma enciclopédia, com muitos anos de pesquisa. Ele não visa tampouco apreciar os abusos dos pastores protestantes/pentecostais brasileiros. Apenas falei de alguns pastores americanos.


A minha intenção, desde o título, foi e é mostrar as informações em geral, curtas, sobre alguns líderes pentecostais americanos. Nada longo demais.Daí que Este artigo tem que ser pequeno.


Embora pequeno, desejo dizer a todos que o lerem, que eu mostro, documentadamente, que estes "pastores", "irmã", "Elias, o Profeta",etc ; nada curaram, a não ser a própria gana por dinheiro alheio. Nada aliviaram a não ser o masoquismo (desejo de sofrer), de seus infelizes seguidores. Suas vidas e suas mortes, mostraram a todos os possuidores de alguma inteligência, que eles nada mais eram que infames charlatães.


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Bibliografia:

*Boa parte da biografia, já está citada acima.

*Livro "THE LIFE OF CHARLES F. PARHAM: Founder of Apostolic Faith Movement." Autora: Sarah E. Parham. Editora Garland Publishing Inc; New York and London, 1985. Foi publicado originalmente em 1930.

*Livro "The Faith Healers", de James Randi. Editora: Prometheus Books.

*Livro "A Vingança de Deus". Autor:Gilles Kepel. Editora Siciliano.Traduzido por J. E. Smith Caldas.


NA INTERNET, CONSULTEI ALGUNS SITES,PARA EXTRAIR PARTE DAS INFORMAÇÕES ACIMA:

*Azuza Street; Rick Joiner. Ver o site www.christianworld.org/

revival/fire.html

*Robert Longman Jr.; www.spirithome.com/histpen1.html

*"The origins of pentecostalism" autor:Vinson Sinar, PhD. O artigo estava no site: http://www.oru.edu/university/library/ holyspirit/pentorg1.html ; o autor é bom no tema.

*Site www.christianityonline.com/christianhistory/58H/ 58H010.html ; site religioso. Tirando alguns exageros, é bom.

*Site http://www.wayoflife.org/

*Site http://216.131.88.114/links/stoopid.htm ; uma lista bastante grande de patifarias religiosas de pentecostais.

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Autor:Dalton Catunda Rocha.

E-mail: dalton@fortalnet.com.br