segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Mais de 300 moedas no estômago do jacaré

Mais de 300 moedas no estômago do jacaré


O jacaré que viveu no zoológico foi dissecado após a morte, o que assustou o veterinário pela quantidade de moedas no seu estômago.
Um aligátor-americano ou jacaré do mississipi chamado de Mippy que chegou ao Zoológico de Higashiyama em 1965 morreu em maio deste ano. 
Para apurar a causa da morte foi dissecado. Como resultado chegou-se à conclusão que foi pela idade, mas o que assustou o veterinário e a equipe do zoológico foi a quantidade de moedas encontradas em seu estômago. 

Lá dentro havia 2,6Kg em moedas, no valor de mais de 3,6 mil ienes. Foram 4 de 100 ienes, 11 de 50 ienes, 225 de 10 ienes, 90 de 5 ienes e 6 de game. Além disso havia outras de 1 iene e pedras.

Uma das características do jacaré do mississipi é engolir pequenos seixos ou pedriscos para ajudar a triturar os alimentos no estômago. A conclusão é que ele deve ter confundido moedas com seixos.

Embora tivesse uma placa para não jogar moedas na lagoa providenciada para ele, parece que algumas pessoas atiravam como se fosse o poço dos desejos. 

Fontes: Chunichi e Tokai TV

Vietnamita morre na indústria de estruturas de aço durante o trabalho

Vietnamita morre na indústria de estruturas de aço durante o trabalho


Ele foi encontrado prensado entre as estruturas de aço de uma indústria em Shiga.

Imagem ilustrativa de estrutura de aço (Pixabay)





Segundo informações da polícia um funcionário da indústria Kutsuwa Seikan chamou pelo socorro ligando para o 119, por volta das 15h10 de segunda-feira (30). 
Ele encontrou o colega vietnamita de 30 anos, de Echigawa, Aisho-cho (Shiga), prensado entre as estruturas de aço no local onde se armazenam os materiais. 

O trabalhador vietnamita morreu devido à compressão torácica.

A polícia investiga o caso como acidente de trabalho na indústria.

A Kutsuwa Seikan trabalha com produção de estruturas de aço, localizada em Nishi Hamasaka-cho, na cidade de Nagahama (Shiga) e foi fundada em 1988.

Fonte: Kyoto Shimbun 

A vida de Miyamoto Musashi



A vida de Miyamoto Musashi

A História do mais famoso Samurai de todos os tempos

Estátua de Miyamoto Musashi Sensei em Kumamoto



Conhecido como Kensei, o Santo da Espada, Miyamoto Musashi dedicou 
sua vida a alcançar a perfeição através da arte da espada. Lutou e venceu mais de 60 duelos de vida ou morte, e nunca foi derrotado. Travou contato com outras formas de arte, como pintura, escultura, caligrafia e poesia, além da meditação Zen e o Budismo. Deixou seu estilo de luta, um grande legado de obras de arte e o mais importante tratado de estratégia do Japão, O Livro dos Cinco Anéis (Gorin no Sho).

Índice

Infância e juventudeA batalha de Sekigahara e os duelos em KyotoPeregrinação GuerreiraO Duelo contra Sasaki KojiroAmadurecimentoOs últimos anos do grande mestreBibliografia
Infância e Juventude


Musashi Sensei, ou Shinmen Musashi-no-Kami Fujiwara no Genshin, como se apresenta na introdução de O Livro dos Cinco Anéis, nasceu na província de Harima durante um dos mais conturbados períodos da história do Japão, quando aconteceram as últimas grandes batalhas da época dos Samurais. 

Na época, era comum no Japão uma mesma pessoa mudar seu nome em diferentes fases da vida. Na infância, Musashi Sensei era chamado de Shinmen Bennosuke. Acredita-se que recebeu as primeiras instruções de Kenjutsu de seu pai, Shinmen Hirata Munisai. 

Como relata em O Livro dos Cinco Anéis, seu primeiro duelo aconteceu quando tinha apenas 13 anos. Aos 16 anos venceu outro guerreiro habilidoso, chamado Tadashima Akiyama. 


A batalha de Sekigahara e os duelos em Kyoto


Em 1600, aconteceu a batalha de Sekigahara que definiu os rumos do Japão pelos próximos três séculos. Foi a partir desta batalha que Tokugawa Ieyasu ascendeu ao poder, tornando-se shogun, e teve início o período Edo (1603-1868). Nos caóticos primeiros anos do Período Edo, Musashi Sensei viveu sua juventude. Acredita-se que na batalha de Sekigahara lutou no lado derrotado como um partidário de Ukita Hideie. Mesmo assim, conseguir sobreviver ao confronto e à posterior caça aos derrotados.

Em 1604, aos 21 anos, Musashi Sensei ressurge em Kyoto e sua fama se espalha pelo Japão ao vencer três duelos contra a importante família Yoshioka que, décadas antes, tinha sido instrutora de Kenjutsu do antigo shogun Ashikaga. 

Foram três duelos. Nos dois primeiros enfrentou os chamados "irmãos kenpo", Seijuro e Denchijiro. Após vencê-los, os partidários dos Yoshioka já não viam mais Musashi Sensei como um oponente, mas como uma ameaça. Queriam vingança, e para isto armaram um terceiro embate contra Matashichiro, filho de Seijuro, um garoto de 13 anos. Matashichiro contaria com a ajuda dos demais alunos da escola. Relatos falam do embate de Musashi Sensei contra 60 oponentes armados com espadas, lanças, arco e flecha e até mosquetes. 

Musashi Sensei abateu Matashichiro e todos os alunos da academia Yoshioka que se colocaram em seu caminho. Este foi o fim da, uma vez orgulhosa, academia Yoshioka e o início da lenda de Miyamoto Musashi.


Peregrinação Guerreira


Nos anos seguintes, Musashi Sensei continuou viajando pelo Japão em Musha Shugyo, ou seja, peregrinação guerreira em busca de embates. Confrontou muitos desafiantes, principalmente depois que sua fama se espalhou pela vitória arrasadora sobre os Yoshioka. Dentre os duelos mais importantes desta época se destacam: 
Monges guerreiros do templo Hozoin, famosos por seu estilo de Sojutsu (ou Yarijutsu - técnica de luta com lança);
Muso Gonnosuke, fundador do estilo de Jojutsu (técnica com bastão) Shindo Muso Ryu, também praticado no Instituto Niten. Gonnosuke criou o Jojutsu depois de perder o primeiro embate contra Musashi Sensei, como uma possível forma de vencê-lo. Existe um relato sobre uma possível segunda luta entre os dois, onde Gonnosuke teria empatado com Musashi Sensei, sem nenhum dos dois se declarando vencedor;
Shishido Baiken, um especialista na kusarigama, a foice com corrente. É uma arma exótica e de uso difícil, que também é praticada em alguns dos estilos ensinados no Instituto Niten.

O Duelo contra Sasaki Kojiro


O mais famoso e importante duelo de Musashi Sensei aconteceu em 1612, quando enfrentou Sasaki Kojiro, fundador do estilo Ganryu e conhecido como um dos mais habilidosos samurais de todos os tempos. 
Diferentemente de Musashi Sensei, que vinha desenvolvendo seu próprio estilo a partir de suas experiências de combate, Kojiro vinha de uma notória e famosa linhagem. Estudou a espada com um famoso mestre da época, Toda Seigen, do Chujo Ryu e com Kanemaki Jisai, seu discípulo. Jisai foi o mestre do famoso Itto Itosai, fundador do Itto Ryu, um dos estilos mais importantes da época.
Na época do duelo, Kojiro era instrutor de Hosokawa Tadaoki, um importante senhor feudal. Musashi Sensei conseguiu permissão para duelar com Kojiro através de Nagaoka Sado, um antigo amigo de sua família que era conselheiro do senhor Hosokawa.
O duelo aconteceu na ilha de Funajima. A estratégia de Musashi Sensei para esse duelo foi deixar o oponente esperando. Duas horas depois do combinado para o duelo, ele partiu em um bote. Musashi Sensei sabia que Kojiro utilizava uma espada extralonga e fazia uso da distância que conseguia impor com essa arma. Para anular essa vantagem, Musashi Sensei fez uma longa espada de madeira utilizando um remo quebrado.
O embate foi rápido porém intenso. Ambos atacaram simultaneamente. O golpe de Musashi Sensei sobre o crânio de Kojiro com a pesada espada-remo foi certeiro. Conta-se que o golpe de Kojiro chegou a cortar o lenço que Musashi Sensei usava amarrado na cabeça e fez um corte superficial em sua testa. Mesmo após cair, Kojiro tentou ainda um segundo golpe, visando as pernas de Musashi Sensei, que saltou para evitar o golpe e acertou Kojiro com força nas costelas, matando então seu oponente.
Assim, segundo relatos, se deu o possível duelo mais célebre entre samurais. 

Nesta época, Musashi Sensei estava se aproximando da idade de 30 anos. O duelo contra Kojiro teve um grande efeito sobre Musashi Sensei. Conforme contou em sua obra, o Livro dos Cinco Anéis (Gorin No Sho), refletiu sobre as vitórias que alcançara até então, mas não conseguiu descobrir por que vencera tantos duelos. Teria sido sua aptidão física? Ou a falta de preparo de seus adversários? Ou talvez a vontade divina?

Foi essa reflexão que influenciou o restante da vida de Musashi Sensei. Dedicou-se, então, em deixar para as gerações futuras seu legado por meio de seu estilo, que chamou de Niten Ichi Ryu.

Foi a partir desta época que entrou em contato também com outras manifestações artísticas, como pintura, escultura, poesia e até mesmo arquitetura. 


Amadurecimento

Monumento ao duelo dos dois grandes samurais na ilha de Funajima
Em 1621, Musashi Sensei teve um duelo famoso, não pelo renome do oponente,

Auto-retrato de Musashi Sensei mostrando postura com duas espadas

 mas por este ser o primeiro registro oficial de um duelo em que utilizou a técnica de duas espadas que até hoje caracteriza o Hyoho Niten Ichi Ryu. Miyaki Gunbei seu oponente, atacou Musashi Sensei repetidas vezes, tendo sua espada bloqueada a cada ataque. Deseperado, Gunbei desferiu uma estocada, que foi bloqueada pela espada curta de Musashi Sensei, ao mesmo tempo que a espada longa desferia um ataque ao rosto de Gunbei. Reconhecendo a derrota, Gunbei pediu desculpas por ter desafiado Musashi Sensei e pediu para se tornar seu discípulo. 

Musashi Sensei nunca se casou, mas adotou dois filhos, Mikinosuke e Iori. Ambos se tornaram vassalos de importantes senhores feudais. 

Musashi sensei não era visto como um simples ronin. Era considerado um mestre no Caminho e uma pessoa de grande sensibilidade e sabedoria, um conselheiro a ser escutado e um mestre a ser seguido. Era convidado freqüentemente para ficar em importantes feudos e tinha em seu círculo interno importantes personalidades, como o monge Takuan Soho (conselheiro do Shogun Tokugawa), Honami Koetsu (importante artista do movimento chamado "renascença de Kyoto") e dos senhores feudais Ogasawara Tadazane e Hosokawa Tadatoshi. Com este último em especial, Musashi Sensei desenvolveu uma amizade muito profunda. 

Musashi Sensei conta no Livro dos Cinco Anéis que aos 50 anos finalmente alcançou a compreensão total da estratégia. O nível de comprensão alcançado no Caminho foi tão profundo que, conforme suas palavras, foi capaz de perceber o Caminho em tudo. Podemos constatar isto vendo as obras de arte que deixou. Algumas de suas obras de pintura, escultura e caligrafia chegaram até nossos dias. Ao alcançar a perfeição técnica na espada, alcançou também a perfeição nesses Caminhos.
Auto-retrato de Musashi Sensei mostrando postura com duas espadas.
Os últimos anos do grande mestre


O maior legado que deixou para as futuras gerações foi seu estilo, o Hyoho Niten Ichi Ryu, resultado de sua experiência no combate e profunda percepção da vida que conseguiu. Em nossa linhagem, o estilo é praticado da mesma maneira de Musashi Sensei idealizou. 

A gruta de Reigando

Musashi Sensei passou seus últimos anos em Kumamoto, como hóspede de seu amigo, Hosokawa Tadatoshi. A pedido deste, deixou registrado seu estilo e seu modo de pensar na obra “35 artigos na arte do kenjutsu”. Em Kumamoto ensinou o Hyoho Niten Ichi Ryu para seus discípulos e se dedicou ao estudo do budismo, à meditação e ao desenvolvimento artístico. 

No final de sua vida Musashi Sensei se isolou na caverna de Reigando, onde se dedicou à meditação e à prática ininterrupta de seu estilo. Lá escreveu O livro Dos Cinco Anéis, deixando os ensinamentos de seu estilo ao discípulo Terao Magonojo.

Musashi Sensei faleceu no dia 19 dia de maio de 1645. A seu pedido foi enterrado com a armadura completa na vila de Yuji, próximo à montanha de Iwato. Conta-se que durante seu funeral um forte trovão se fez ouvir dos céus, como se estes dessem as boas-vindas ao poderoso guerreiro. 


Bibliografia


- O Livro dos Cinco Anéis, de Miyamoto Musashi
Apresentação Shihan Gosho Motoharu, introdução e revisão Sensei Jorge Kishikawa
Editora Conrad, 2006

-O Samurai, a história de Miyamoto Musashi
William Scott Wilson
Editora Estação Liberdade, 2007

Ficção 
-Musashi, de Eiji Yoshikawa
Conhecido como o "E o Vento Levou..." do Japão, este épico de quase 2.000 páginas popularizou a história de Musashi sensei na era moderna.

-Vagabond, de Takehiro Inoue
Vagabond é a premiada adaptação da história de Miyamoto Musashi Sensei para os mangás, pelo famoso artista Takehiro Inoue.

A gruta de Reigando.


Fonte: http://m.niten.org.br/musashi-biografia vida de Miyamoto Musashi

A História do mais famoso Samurai de todos os tempos

Estátua de Miyamoto Musashi Sensei em Kumamoto

Conhecido como Kensei, o Santo da Espada, Miyamoto Musashi dedicou 
sua vida a alcançar a perfeição através da arte da espada. Lutou e venceu mais de 60 duelos de vida ou morte, e nunca foi derrotado. Travou contato com outras formas de arte, como pintura, escultura, caligrafia e poesia, além da meditação Zen e o Budismo. Deixou seu estilo de luta, um grande legado de obras de arte e o mais importante tratado de estratégia do Japão, O Livro dos Cinco Anéis (Gorin no Sho).

Índice

Infância e juventudeA batalha de Sekigahara e os duelos em KyotoPeregrinação GuerreiraO Duelo contra Sasaki KojiroAmadurecimentoOs últimos anos do grande mestreBibliografia
Infância e Juventude


Musashi Sensei, ou Shinmen Musashi-no-Kami Fujiwara no Genshin, como se apresenta na introdução de O Livro dos Cinco Anéis, nasceu na província de Harima durante um dos mais conturbados períodos da história do Japão, quando aconteceram as últimas grandes batalhas da época dos Samurais. 

Na época, era comum no Japão uma mesma pessoa mudar seu nome em diferentes fases da vida. Na infância, Musashi Sensei era chamado de Shinmen Bennosuke. Acredita-se que recebeu as primeiras instruções de Kenjutsu de seu pai, Shinmen Hirata Munisai. 

Como relata em O Livro dos Cinco Anéis, seu primeiro duelo aconteceu quando tinha apenas 13 anos. Aos 16 anos venceu outro guerreiro habilidoso, chamado Tadashima Akiyama. 


A batalha de Sekigahara e os duelos em Kyoto


Em 1600, aconteceu a batalha de Sekigahara que definiu os rumos do Japão pelos próximos três séculos. Foi a partir desta batalha que Tokugawa Ieyasu ascendeu ao poder, tornando-se shogun, e teve início o período Edo (1603-1868). Nos caóticos primeiros anos do Período Edo, Musashi Sensei viveu sua juventude. Acredita-se que na batalha de Sekigahara lutou no lado derrotado como um partidário de Ukita Hideie. Mesmo assim, conseguir sobreviver ao confronto e à posterior caça aos derrotados.

Em 1604, aos 21 anos, Musashi Sensei ressurge em Kyoto e sua fama se espalha pelo Japão ao vencer três duelos contra a importante família Yoshioka que, décadas antes, tinha sido instrutora de Kenjutsu do antigo shogun Ashikaga. 

Foram três duelos. Nos dois primeiros enfrentou os chamados "irmãos kenpo", Seijuro e Denchijiro. Após vencê-los, os partidários dos Yoshioka já não viam mais Musashi Sensei como um oponente, mas como uma ameaça. Queriam vingança, e para isto armaram um terceiro embate contra Matashichiro, filho de Seijuro, um garoto de 13 anos. Matashichiro contaria com a ajuda dos demais alunos da escola. Relatos falam do embate de Musashi Sensei contra 60 oponentes armados com espadas, lanças, arco e flecha e até mosquetes. 

Musashi Sensei abateu Matashichiro e todos os alunos da academia Yoshioka que se colocaram em seu caminho. Este foi o fim da, uma vez orgulhosa, academia Yoshioka e o início da lenda de Miyamoto Musashi.


Peregrinação Guerreira


Nos anos seguintes, Musashi Sensei continuou viajando pelo Japão em Musha Shugyo, ou seja, peregrinação guerreira em busca de embates. Confrontou muitos desafiantes, principalmente depois que sua fama se espalhou pela vitória arrasadora sobre os Yoshioka. Dentre os duelos mais importantes desta época se destacam: 
Monges guerreiros do templo Hozoin, famosos por seu estilo de Sojutsu (ou Yarijutsu - técnica de luta com lança);
Muso Gonnosuke, fundador do estilo de Jojutsu (técnica com bastão) Shindo Muso Ryu, também praticado no Instituto Niten. Gonnosuke criou o Jojutsu depois de perder o primeiro embate contra Musashi Sensei, como uma possível forma de vencê-lo. Existe um relato sobre uma possível segunda luta entre os dois, onde Gonnosuke teria empatado com Musashi Sensei, sem nenhum dos dois se declarando vencedor;
Shishido Baiken, um especialista na kusarigama, a foice com corrente. É uma arma exótica e de uso difícil, que também é praticada em alguns dos estilos ensinados no Instituto Niten.

O Duelo contra Sasaki Kojiro


O mais famoso e importante duelo de Musashi Sensei aconteceu em 1612, quando enfrentou Sasaki Kojiro, fundador do estilo Ganryu e conhecido como um dos mais habilidosos samurais de todos os tempos. 
Diferentemente de Musashi Sensei, que vinha desenvolvendo seu próprio estilo a partir de suas experiências de combate, Kojiro vinha de uma notória e famosa linhagem. Estudou a espada com um famoso mestre da época, Toda Seigen, do Chujo Ryu e com Kanemaki Jisai, seu discípulo. Jisai foi o mestre do famoso Itto Itosai, fundador do Itto Ryu, um dos estilos mais importantes da época.
Na época do duelo, Kojiro era instrutor de Hosokawa Tadaoki, um importante senhor feudal. Musashi Sensei conseguiu permissão para duelar com Kojiro através de Nagaoka Sado, um antigo amigo de sua família que era conselheiro do senhor Hosokawa.
O duelo aconteceu na ilha de Funajima. A estratégia de Musashi Sensei para esse duelo foi deixar o oponente esperando. Duas horas depois do combinado para o duelo, ele partiu em um bote. Musashi Sensei sabia que Kojiro utilizava uma espada extralonga e fazia uso da distância que conseguia impor com essa arma. Para anular essa vantagem, Musashi Sensei fez uma longa espada de madeira utilizando um remo quebrado.
O embate foi rápido porém intenso. Ambos atacaram simultaneamente. O golpe de Musashi Sensei sobre o crânio de Kojiro com a pesada espada-remo foi certeiro. Conta-se que o golpe de Kojiro chegou a cortar o lenço que Musashi Sensei usava amarrado na cabeça e fez um corte superficial em sua testa. Mesmo após cair, Kojiro tentou ainda um segundo golpe, visando as pernas de Musashi Sensei, que saltou para evitar o golpe e acertou Kojiro com força nas costelas, matando então seu oponente.
Assim, segundo relatos, se deu o possível duelo mais célebre entre samurais. 

Nesta época, Musashi Sensei estava se aproximando da idade de 30 anos. O duelo contra Kojiro teve um grande efeito sobre Musashi Sensei. Conforme contou em sua obra, o Livro dos Cinco Anéis (Gorin No Sho), refletiu sobre as vitórias que alcançara até então, mas não conseguiu descobrir por que vencera tantos duelos. Teria sido sua aptidão física? Ou a falta de preparo de seus adversários? Ou talvez a vontade divina?

Foi essa reflexão que influenciou o restante da vida de Musashi Sensei. Dedicou-se, então, em deixar para as gerações futuras seu legado por meio de seu estilo, que chamou de Niten Ichi Ryu.

Foi a partir desta época que entrou em contato também com outras manifestações artísticas, como pintura, escultura, poesia e até mesmo arquitetura. 


Amadurecimento

Monumento ao duelo dos dois grandes samurais na ilha de Funajima
Em 1621, Musashi Sensei teve um duelo famoso, não pelo renome do oponente,

Auto-retrato de Musashi Sensei mostrando postura com duas espadas

 mas por este ser o primeiro registro oficial de um duelo em que utilizou a técnica de duas espadas que até hoje caracteriza o Hyoho Niten Ichi Ryu. Miyaki Gunbei seu oponente, atacou Musashi Sensei repetidas vezes, tendo sua espada bloqueada a cada ataque. Deseperado, Gunbei desferiu uma estocada, que foi bloqueada pela espada curta de Musashi Sensei, ao mesmo tempo que a espada longa desferia um ataque ao rosto de Gunbei. Reconhecendo a derrota, Gunbei pediu desculpas por ter desafiado Musashi Sensei e pediu para se tornar seu discípulo. 

Musashi Sensei nunca se casou, mas adotou dois filhos, Mikinosuke e Iori. Ambos se tornaram vassalos de importantes senhores feudais. 

Musashi sensei não era visto como um simples ronin. Era considerado um mestre no Caminho e uma pessoa de grande sensibilidade e sabedoria, um conselheiro a ser escutado e um mestre a ser seguido. Era convidado freqüentemente para ficar em importantes feudos e tinha em seu círculo interno importantes personalidades, como o monge Takuan Soho (conselheiro do Shogun Tokugawa), Honami Koetsu (importante artista do movimento chamado "renascença de Kyoto") e dos senhores feudais Ogasawara Tadazane e Hosokawa Tadatoshi. Com este último em especial, Musashi Sensei desenvolveu uma amizade muito profunda. 

Musashi Sensei conta no Livro dos Cinco Anéis que aos 50 anos finalmente alcançou a compreensão total da estratégia. O nível de comprensão alcançado no Caminho foi tão profundo que, conforme suas palavras, foi capaz de perceber o Caminho em tudo. Podemos constatar isto vendo as obras de arte que deixou. Algumas de suas obras de pintura, escultura e caligrafia chegaram até nossos dias. Ao alcançar a perfeição técnica na espada, alcançou também a perfeição nesses Caminhos.
Auto-retrato de Musashi Sensei mostrando postura com duas espadas.
Os últimos anos do grande mestre


O maior legado que deixou para as futuras gerações foi seu estilo, o Hyoho Niten Ichi Ryu, resultado de sua experiência no combate e profunda percepção da vida que conseguiu. Em nossa linhagem, o estilo é praticado da mesma maneira de Musashi Sensei idealizou. 

A gruta de Reigando

Musashi Sensei passou seus últimos anos em Kumamoto, como hóspede de seu amigo, Hosokawa Tadatoshi. A pedido deste, deixou registrado seu estilo e seu modo de pensar na obra “35 artigos na arte do kenjutsu”. Em Kumamoto ensinou o Hyoho Niten Ichi Ryu para seus discípulos e se dedicou ao estudo do budismo, à meditação e ao desenvolvimento artístico. 

No final de sua vida Musashi Sensei se isolou na caverna de Reigando, onde se dedicou à meditação e à prática ininterrupta de seu estilo. Lá escreveu O livro Dos Cinco Anéis, deixando os ensinamentos de seu estilo ao discípulo Terao Magonojo.

Musashi Sensei faleceu no dia 19 dia de maio de 1645. A seu pedido foi enterrado com a armadura completa na vila de Yuji, próximo à montanha de Iwato. Conta-se que durante seu funeral um forte trovão se fez ouvir dos céus, como se estes dessem as boas-vindas ao poderoso guerreiro. 


Bibliografia


- O Livro dos Cinco Anéis, de Miyamoto Musashi
Apresentação Shihan Gosho Motoharu, introdução e revisão Sensei Jorge Kishikawa
Editora Conrad, 2006

-O Samurai, a história de Miyamoto Musashi
William Scott Wilson
Editora Estação Liberdade, 2007

Ficção 
-Musashi, de Eiji Yoshikawa
Conhecido como o "E o Vento Levou..." do Japão, este épico de quase 2.000 páginas popularizou a história de Musashi sensei na era moderna.

-Vagabond, de Takehiro Inoue
Vagabond é a premiada adaptação da história de Miyamoto Musashi Sensei para os mangás, pelo famoso artista Takehiro Inoue.

A gruta de Reigando.

Fonte: http://m.niten.org.br/musashi-biografia

O Resumo de A Arte da Guerra

O Resumo de A Arte da Guerra

O livro Arte da Guerra é uma obra literária do pensador chinês Sun Tzu, escrito por volta do ano 500 a.C. que funciona como um manual estratégico para conflitos armados, mas que pode ter várias aplicações em outras áreas da vida.

Capitulo 1
Aborda a importância de avaliar e planejar, tendo conhecimento de cinco fatores que podem influenciar: caminho, terreno, as estações (clima) liderança e gestão. Além disso, são abordados sete elementos que melhoram os resultados das investidas militares. A guerra é algo que tem consequências para o estado ou país e por isso não deve ser iniciada sem muita consideração.

Capítulo 2
Neste capítulo o autor expressa que o sucesso na guerra depende da capacidade de terminar um conflito de forma rápida. É possível entender um pouco melhor a vertente econômica da guerra, e que muitas vezes para vencer a guerra é preciso saber reduzir os custos relacionados com o conflito armado.

Capítulo 3
A verdadeira força bélica de um exército está na sua união e não no seu tamanho. São mencionados cinco fatores essenciais para vencer qualquer guerra: ataque, estratégia, alianças, exército e cidades. Um bom estrategista identifica a estratégia do seu inimigo, atacando-a na sua parte mais fraca. Por exemplo: o mais recomendado é dominar o inimigo sem destruir o seu ambiente, obrigando-o a se render.

Capítulo 4
O posicionamento tático do exército é determinante para a vitória: os pontos estratégicos devem ser defendidos a todo o custo. Um bom líder só avança terreno para conquistar outras posições quando tem a certeza que o que já foi conquistado está em segurança. O leitor também pode aprender a não criar oportunidades para o inimigo.

Capítulo 5
O autor explica a importância da criatividade e do timing para melhorar a força e a motivação do exército. Uma boa liderança desperta o potencial do exército.

Capítulo 6
Capítulo dedicado às forças e fraquezas de uma unidade militar. As características do ambiente (como o relevo da paisagem) devem ser estudadas para que o exército possa obter vantagem no conflito. Sun Tzu também indica que é possível apresentar uma “fraqueza fingida” para enganar e atrair o inimigo.

Capítulo 7
São abordadas as manobras militares, o perigo de entrar em conflito direto e como obter a vitória nos casos em que esse tipo de confronto é inevitável.

Capítulo 8
São revelados os diferentes tipos de terreno e a importância de se adaptar a cada um deles. É dada alta importância à capacidade da unidade militar de se adaptar à variação das circunstâncias.

Capítulo 9
Movimentação das tropas: neste capítulo o autor explica como o exército deve se posicionar nos diferentes tipos de terreno do território inimigo.

Capítulo 10
Sun Tzu indica os diferentes tipos de terreno e as vantagens e desvantagens que são fruto do posicionamento nestes 6 tipos de terreno.

Capítulo 11
São descritos 9 tipos de situação em que um exército em guerra pode enfrentar e qual deve ser o foco do líder em cada uma das situações de forma a alcançar a vitória.

Capítulo 12
Este capítulo aborda o uso do fogo nos ataques ao inimigo e o que é necessário para tirar proveito desse elemento. Além disso são mencionadas respostas adequadas em caso de ataque com esse e outros elementos.

Capítulo 13
Foco na relevância de ter espiões como fonte de informação sobre o inimigo. São descritas cinco fontes de inteligência (cinco tipos de espiões) e como fazer a gestão dessas fontes.



Zhen Long

Fonte:https://www.familialong.com.br/o-resumo-de-a-arte-da-guerra/

Sun Tzu

Sun Tzu

Filósofo e estrategista chinês

Por Dilva Frazão


Biografia de Sun Tzu

Sun Tzu (544-496 a.C.) foi um general, estrategista de guerra e filósofo chinês, a quem é atribuída a obra “A Arte da Guerra”, um tratado filosófico-militar no qual reuniu estratégias e táticas militares para vencer o inimigo.

Sun tzu (544-496 a.C.) nasceu na China, provavelmente em 544, durante a dinastia Chou (722-476), período da história chamado de Primavera e Outono, quando o poder real praticamente desapareceu e os grandes principados guerreavam, e que ocorreu a divisão da China em vários Estados menores, que viviam permanentemente em luta.
Sun Tzu , contemporâneo do filósofo Confúcio (551-479 a.C.), viveu numa época em que a filosofia era também usada como arma para a sabedoria das estratégias e táticas militares e assim, os pensadores eram colocados à frente dos exércitos que disputavam o controle da soberania.

Segundo alguns historiadores, Sun Tzu teria nascido em Ch’i, era filho da aristocracia militar chinesa, e aprendera a desenvolver suas estratégias de guerra com seu avô. Em 517 a.C. teria rumado para o Sul e se fixado no Estado de Wu, onde teria exercido suas funções como general e estrategista do rei Hu Lu.

Como general, Sun Tzu teria subjugado seus inimigos com os ensinamentos que transmitia a seus soldados. Falava com propriedade sobre o posicionamento das tropas e a movimentação dos soldados, as técnicas de emboscada e até mudanças inesperadas de clima. Baseado em suas experiências teria elaborado um tratado filosófico-militar no qual reuniu um rico planejamento com táticas e estratégias de guerra para resolver conflitos e vencer batalhas. O livro, “A Arte da Guerra”, com 13 capítulos, com frases e pensamentos, aborda diversos aspectos ligados à guerra.

O livro “A Arte da Guierra” é um dos mais antigos tratados de guerra, atravessou séculos e se transformou um dos clássicos mais influentes do pensamento oriental. A obra é considerada a Bíblia da estratégia, do planejamento e liderança, sendo utilizado amplamente no mundo dos negócios. Até hoje, seus ensinamentos inspiram uma legião de líderes.

Entre as sábias palavras de Sun Tzu destacam-se: “Quando capaz, finja ser incapaz, quando pronto, finja desespero, quando perto, finja estar longe, quando longe, façam acreditar que está próximo”, “Comandar muitos é o mesmo que comandar poucos. Tudo é uma questão de organização”, “As oportunidades multiplicam-se à medida que são agarradas”, “No meio do caos há sempre uma oportunidade”, “Em batalha, use geralmente operações diretas para fazer o inimigo engajar-se na luta e as operações indiretas para conquistar a vitória” etc.

Sun Tzu, segundo alguns estudiosos, faleceu em 496 a.C., mais nada se sabe sobre sua morte.

Fonte:https://www.ebiografia.com/sun_tzu/

Simples


Simples

É tão simples  você  perceber a falsidade em algumas  pessoas está estampada nos rostos e semblantes.

  São sordidas,  dissimuladas.

Possuem almas duplas e sebosas.

Querem sempre um lugar de honra,querem um lugar ao sol.

São hopocritas na sua frente é uma coisa.

Por detrás te apualha pelas costas.

Carregam o genoma humano dentro,de si o de Brutus que apualhou o próprio pai na Roma antiga (Julio Cesar).

A falsidade sempre foi uma geradora uma escola,uma faculdade de discipulos e mau caráter.

Você vai,encontrar uma pessoa falsa dissimulada em varios setores principalmente no âmbito religioso.
Francisco  Araújo

Memórias de uma Gueixa

Memórias de uma Gueixa

Chiyo foi vendida a uma casa de gueixas quando ainda era menina, em 1929, onde é maltratada pelos donos e por Hatsumomo, uma gueixa que tem inveja de sua beleza. Acolhida por Mameha, a principal rival de Hatsumomo, Chiyo ao crescer se torna a gueixa Sayuri. Reconhecida, ela passa a desfrutar de uma sociedade repleta de riquezas e privilégios até que a 2ª Guerra Mundial modifica radicalmente sua realidade no Japão.

Prêmios: Oscar de Melhor Fotografia, Oscar de Melhor Figurino, mais

Fonte:Google

Memorias de uma Gueixa

Resenha-Memorias de uma Gueixa
por Ragner 
em 09/11/12

Nota:

Japão é um país extremamente interessante ao meu ver. Sou um amante inveterado à quase tudo relacionado a terra do sol nascente. Hábitos, costumes, história e cultura me fascina. Tudo que gira em torno da ética e moral oriental me encanta, especialmente o que está relacionado aos japoneses. Por isso a intenção inicial de ler tal livro, que foi emprestado pela minha Mariko Mari Paccely.

Vamos aprendendo tudo sobre a vida de uma Gueixa. O livro serve muito bem ao propósito de representar “memórias” e respeita bem seu título. Relata os pormenores da vida da protagonista (mesmo a disputa pela sua virgindade e para se tornar o amante principal) e daqueles que estão ligados à ela. Serve também como um relato biográfico onde a personagem conta seu cotidiano, durante anos, desde quando foi retirada de casa, ainda criança, quando era uma criada, na adolescência, até chegar ao patamar de ser considerada uma das Gueixas mais conhecidas no Japão.

Fico até me perguntando se a história é factual ou não, pois tudo é muito verdadeiro e palpável, como se fosse vida real mesmo. Existe uma certa veracidade nos fatos que se seguem, pois todo o contexto histórico ocorreu e mesmo não sendo uma história verídica (mas a protagonista é inspirada em uma Gueixa que existiu mesmo), instiga nossa compreensão do que pode ter acontecido ou não. Palmas pela pesquisa histórica do autor e também pelo enredo soberbo que nos apresenta o Éthos japonês que é mesmo diferenciado, chegando a parecer mítico.

Temos aqui uma história contada, inicialmente, por uma criança (Chiyo), que vê sua vida mudar repentina e totalmente, a partir do momento em que é levada, junto de sua irmã, de sua casa, retirada de sua pacata rotina em um vilarejo, para longe de sua mãe doente já falecendo e de seu pai idoso. A pequena Chiyo chega a Gion, distrito de Kioto, e passa a viver como criada em um okyia (uma casa de gueixas), onde, com o tempo, viria a estudar para se transformar em uma Gueixa. O okyia já possuía uma Gueixa, Hatsumomo, mas essa a vê como uma pedra no seu caminho, mesmo ainda criança, passando a perturbá-la diariamente.

Chiyo é uma menina de olhos peculiares (azuis acinzentados, o que chama muita atenção) e certa rebeldia. A vida se mostra cheia de obstáculos e inimizades, ela não aceita ser uma criada e nem que Hatsumomo a trate da maneira que trata, ela se revolta com sua situação e tenta fugir, mas o contato com um homem bondoso e que presta atenção nela a faz começar a perceber melhor o seu destino e a querer mudar sua sorte. Com o tempo passa a ter contato com Mameha, talvez a Gueixa mais importante da região e desgosto direto de Hatsumomo. Mameha passa a ajudar Chiyo e a treiná-la. O passado então começa a ficar distante e essa nova vida também a faz mudar de nome. Ela passa a se chamar Sayuri e de criada agora é uma aprendiz, não precisando mais trabalhar como antes. Vivendo uma nova realidade, as intrigas de Hatsumomo agora vão perdendo força e a cada ano sua importância na região aumenta, os homens mais influentes a querem como companhia e tudo à sua volta começa a mudar, até o início da 2ª Grande Guerra Mundial.

Os fatos comentados e citados no livro são muito interessantes, pois deixam claro algumas ideias pragmáticas do Éthos japonês, que nos faz refletir o quanto a vida é fugaz (mesmo do outro lado do planeta, há décadas atrás). A leitura da história exercita a ideia de que “há males que vem para o bem” e nos apresenta um conceito mais profundo de como as Gueixas eram realmente. Elas não eram amantes de homens poderosos e muito menos prostitutas, mas mulheres que dedicavam suas vidas a servir o imaginário do homem sim, mas isso, muitas vezes, não tinha a ver com servidão sexual.

Algo que é trabalhado magníficamente bem, também, é o entendimento de que as mulheres são naturalmente românticas, independente de suas vidas e de suas condições. Chiyo, que passa a ser Sayuri, vê um propósito para sua vida ao ter contato com o homem que para sempre se manteve em seus sonhos. Mesmo que sua vida e posição a levasse para um caminho diferente do dele, ela nunca se esqueceu de como ele a afetou.

Recomendadíssimo para quem se interessa, não somente pela cultura oriental, mas também para quem gosta de refletir sobre a efemeridade da vida e como tudo que acontece ao nosso redor é grande ou pequeno, dependendo que como aquilo nos atinge, dependendo de como nos deixamos ser atingidos.

Postado em: Resenhas
Tags: Arthur Golden, Imago, Romance

http://www.opoderosoresumao.com/livros/resenha-memorias-de-uma-gueixa

Japão publica níveis de radiação em Fukushima face a dúvidas de Seul

Japão publica níveis de radiação em Fukushima face a dúvidas de Seul

A Embaixada do Japão em Seul começou a publicar diariamente os níveis de radiação na região de Fukushima, em resposta às preocupações renovadas na Coreia do Sul sobre os efeitos do desastre nuclear de 2011.
A medição diária, que compara os níveis de radiação em duas cidades da região de Fukushima com Tóquio e Seul, surge também num contexto de crescentes tensões entre os dois países.
"O interesse pelos níveis de radiação no Japão aumentou recentemente, especialmente na Coreia do Sul", indica aquela representação diplomática, no seu 'site' oficial.

As relações entre os dois vizinhos têm se deteriorado devido a uma profunda disputa histórica sobre os trabalhadores coreanos recrutados à força por empresas japonesas durante a ocupação da península coreana pelo Japão (1910-1945).

Os dois países impuseram recentemente restrições comerciais um ao outro, enquanto a Coreia do Sul também reforçou os controlos de radiação sobre as importações de produtos alimentares japoneses.
Alguns deputados sul-coreanos também pediram uma proibição de viajar em partes do Japão e um boicote aos Jogos Olímpicos de Tóquio, no próximo ano, citando alegados riscos de radioatividade.
"O Governo japonês espera que a compreensão dos sul-coreanos sobre os níveis de radiação no Japão melhore, enquanto continuamos a fornecer informações precisas, baseadas em evidências científicas e claramente explicadas", insistiu a Embaixada.
De acordo com o último boletim publicado pela Embaixada, que reúne dados das autoridades reguladoras de ambos os países, o nível de radiação registado na cidade de Fukushima foi de 0,135 microsievert por hora (unidade usada para dar uma avaliação do impacto da radiação ionizante sobre os seres humanos), quase como em Seul (0,120).
Em Tóquio, a taxa foi ainda mais baixa do que em Seul (0,036 microsieverts), tal como o foi na cidade de Iwaki(0,060), situada a apenas 30 quilómetros da central nuclear de Fukushima Daiichi, devastada pelo tsunami de 11 de março de 2011.

Fonte:https://www.noticiasaominuto.com/mundo/1330122/japao-publica-niveis-de-radiacao-em-fukushima-face-a-duvidas-de-seul

Musa da noite

Musa da noite

É meia noite,faz um frio danado,quero te dá um beijo.
Você sussurra algo em meu ouvido.
Como eu te quero,te quero.
Ei menina que culpa tenho eu se perdi noção do tempo.
O ponteiro do relógio continua,girando marcando as horas sinistras.
Pouco importa,são sinistras ou sagrada.Apenas quero uma noite de prazer.
Você se esconde,tem varias fáceis.,mulher misteriosa que me causa medo e arrepio.
Quem realmente você é.
Linda,uma visão,um anjo ou demônio.
Flor no cabelo, saia vermelha, dança para mim.
Fico atônito,com tudo isso,sua performance seu corpo nu, seios lindos.Invade o meu quarto,sem dizer nenhuma palavra,apenas quer transar,o relógio é o seu pior castigo,o observa o tempo todo.
Mesmo assim beija os meus lábios.
Ela me proporciona algumas horas de prazer.
As horas passam rapidamente,adormeço.
E quando desperto não a vejo oh flor cigana.
Quem és tu? OH mulher linda,virtuosa,dormi contigo e nem teu nome sei.
Oh musa da meia noite o relógio é o seu pior castigo.
Nossa será mesmo,uma visão.
Uma assombração.
      Francisco Araújo

domingo, 29 de setembro de 2019

Anita Roddick

Foto:GOOGLE
 Anita Roddick

Anita Roddick é o nome de uma dona de casa inglesa que começou a fabricar cosméticos e perfumaria com ingredientes naturais e se transformou em uma gigante da indústria de cosméticos, com mais de 5. 400 lojas em todo mundo "THE BODY SHOP".
Essa mulher notável e, muito adiante do seu tempo, como defensora do meio ambiente, teve uma desoladora experiência (como ela mesmo descreve em seu livro), no Brasil.
Era nos anos 80 e seu amigo, o cantor Sting, a convenceu a visitar o Brasil e a Amazônia de onde saía boa parte da matéria prima utilizada nos produtos da Body Shop.
Ao conhecer a Amazônia e as comunidades indígenas ela também foi apresentada pelo Sting ao Cacique Raoni, da tribo Yannomani, de quem o cantor havia recebido uma Cobra Sucuri de presente e que usava pendurada no pescoço em seus shows.
Encantada com toda aquela natureza e após tomar banho pelada no rio Negro em companhia das índias (imagina isso na cabeça de uma inglesa), ela determinou que a sua empresa realizasse doações de 10 milhões de dólares, através da ONG Cobra Coral, para comprar remédios e instalar ambulatórios e escolas nas comunidades indígenas 
Isso feito, após passados alguns meses, ela recebeu a solicitação da compra de um segundo avião ambulância, no valor de seis milhões de dólares.
Achou o pedido estranho e pediu para sua autditoria verificar a necessidade da aquisição.
Que SURPRESA!
A tal  Fundação Cobra Coral, do cacique larápio, descobriu que não existia mais um centavo das doações e que o primeiro avião comprado estava apreendido por contrabando e que os índios pilantras estavam todos andando de F1000. Os índios  compraram máquinas para garimpo e extração de madeira ilegal das suas reservas, chefiados pelo Cacique Bandido Raoni.
Para encurtar a história, 
essa mulher,que faleceu em 2017, determinou que a Body Shop jamais abrisse uma loja no Brasil, por conta da maior decepção da sua vida (O nome é Raoni). 
Após o seu falecimento o "The Body Shop" foi vendido para Natura que então abriu a primeira loja da marca no Brasil.
Se duvidar, é só ler o livro da Anita Roddick
Está tudo lá!
Uma Vergonha!!!!

História do chá


História do chá



1 de março de 2015Posted by Verde Vidain Dicas

A segunda bebida mais consumida no mundo depois da água, o chá tem uma história deliciosa que começou na China há mais de cinco mil anos e que proliferou para os quatro cantos do mundo, onde continua a ser, ainda hoje, muito apreciado.

História do chá

Existem várias lendas em torno das origens do chá. A mais popular é uma lenda chinesa que conta que no ano 2737 a.C., o imperador Shen Nung descansava sob uma árvore quando algumas folhas caíram em uma vasilha de água que seus servos ferviam para beber. Atraído pelo aroma, Shen Nung provou o líquido e adorou. Nascia aí, o chá.

Esta lenda é divulgada como a primeira referência à infusão das folhas de chá verde, provenientes da planta Camellia sinensis, originária da China e da Índia. O tratado de Lu Yu, conhecido como o primeiro tratado sobre chá com caráter técnico, escrito no séc. VIII, durante a dinastia Tang, definiu o papel da China como responsável pela introdução do chá no mundo.



No inicio do século IX monges japoneses levaram algumas sementes e introduziram a cultura do chá que se desenvolveu rapidamente. O chá experimentou nestes dois países – China e Japão – uma evolução extraordinária, abrangendo não só meio técnico e econômico, mas também os meios artísticos, poéticos, filosóficos e até religiosos. No Japão, por exemplo, o chá é protagonista de um cerimonial complexo e de grande significado.

Inicialmente, foi o Japão responsável pela divulgação da utilização do chá, fora da China, porém sua chegada a Europa não foi rápida. Referências antigas na literatura européia a respeito do chá, mostram o relato de Marco Pólo em sua viagem e que o português Gaspar da Cruz teria citado o chá numa carta dirigida ao seu soberano. Já a sua importação para o continente europeu ocorreu no início do séc. XVII pelos holandeses, em função do comércio que então se estabelecia entre a Europa e o Oriente.

A partir do século XIX na Inglaterra, o consumo de chá difundiu-se rapidamente, tornando-se uma bebida muito popular. Essa popularidade estendeu-se aos países com forte influência inglesa, como os Estados Unidos, Austrália e Canadá. Hoje, o chá é a bebida mais consumida em todo o mundo.

Em nenhuma outra parte do mundo, o chá teve uma contribuição ao meio cultural foi tão notável quanto no Japão, onde seu preparo e sua apreciação adquiriram uma forma distinta de arte.
No Japão, as pessoas, ao serem convidadas para uma reunião de chá, costumam comparecer com antecedência: aguardam sentadas em uma pequena sala, desfrutando da companhia uma das outras e desligando-se das atribulações do cotidiano. Esse encontro representa a manifestação clara de uma sensibilidade interior que se adquire através do estudo e da disciplina do Chado (TCHADÔ), o Caminho do Chá. Chado é um termo relativamente recente, com o qual se designa o ritual de preparar e tomar o chá, originado no século XV. Nessa época, o chá era utilizado como um suave estimulante, que favorecia ao estudo e à meditação, tendo sido valorizado também como uma erva medicinal.

A partir disto, mestres de chá devotos do Chado, desenvolveram uma estética, que se inseriu na cultura japonesa. Houve, entretanto, um mestre de chá que, durante toda a sua existência, concebeu essa filosofia como um estilo de vida e instituiu o Chado como um meio de transformar a própria vida em uma obra de arte – Mestre Sen Rikyu. Sen Rikyu resumiu os princípios básicos do Chado nestas quatro palavras: Wa, Kei, Sei eJaku.

Wa significa harmonia. A harmonia entre as pessoas, a pessoa com a natureza e a harmonia entre os utensílios do chá e a maneira como são utilizados.

Kei significa respeito. Respeitam-se todas as coisas com um sincero sentimento de gratidão pela sua existência.

Sei significa pureza, tanto universal, quanto espiritual.

Finalmente, Jaku significa tranqüilidade ou paz de espírito e isto resulta da percepção dos três primeiros princípios.

Os monges Zen, que introduziram o chá no Japão, estabeleceram os fundamentos espirituais para o Chado e desenvolveram a estética do chá, incluindo, não apenas as regras para preparar e servir o chá, mas também a manufatura dos utensílios, o “conhecimento” das belas artes e das artes aplicadas, o “desenho” e a construção das salas de chá, a arquitetura dos jardins e a literatura.

Uma xícara de chá, preparada segundo os princípios do Chado, é o resultado de uma ritual de simplicidade desenvolvido para atender as necessidades de busca da tranqüilidade interior do homem.

Daisy Hogara Yamauchi – acadêmica do curso de Nutrição do Centro Universitário

São Camilo, estagiária em Marketing Nutricional da Nutrociência Assessoria em Nutrologia.

www.nutrociencia.com.br

A segunda bebida mais consumida no mundo depois da água, o chá tem uma história deliciosa que começou na China há mais de cinco mil anos e que proliferou para os quatro cantos do mundo, onde continua a ser, ainda hoje, muito apreciado. Sabia que os britânicos, talvez os maiores fãs desta infusão, têm de agradecer a uma portuguesa a introdução do chá no seu país?!

Tea time no resto do mundo

Foi a partir do ano 1560 que o chá começa a viajar pelo mundo, conquistando uma multiplicidade de culturas e povos. Apesar de Portugal ter sido o primeiro país europeu a consumir chá (trazido do Oriente pelos seus navegadores!), curiosamente foram os holandeses quem importou o primeiro carregamento de chá da China, algo que aconteceu no início do século XVII, depois de terem estabelecido um posto de trocas comerciais na ilha de Java. Muito em voga na Holanda, o chádepressa circulou para outros países da Europa Ocidental, mantendo-se, no entanto, uma bebida exclusiva dos mais abastados, devido ao seu elevado preço. E foi em 1650 que os holandeses levaram o chá para o continente americano, mais precisamente para a sua colônia “New Amsterdam” (atual Nova Iorque).

Uma portuguesa em Inglaterra

Por incrível que pareça, o chá apenas chega a Inglaterra em 1652 e pela mão da portuguesa Catarina de Bragança. Filha do Rei D. João IV e da Rainha D. Luísa de Gusmão, a princesa portuguesa casa com o Rei Carlos II e apresenta aos ingleses a sua bebida predileta – o chá – que se torna a bebida mais popular na corte e, mais tarde, no resto da classe alta. A Inglaterra fez a sua primeira encomenda de chá (cerca de 50 kg!) à Companhia da Indía Oriental em 1664.

Consumo elitista

O entusiasmo dos britânicos pelo chá é algo que ainda hoje se mantém, no entanto, nos primeiros anos de consumo, esta bebida não estava ao alcance de todos porque tinha um imposto tão alto que, em 1689, as vendas de chá quase que pararam por completo! O resultado? Contrabando de chá em larga escala com uma verdadeira rede de “crime” organizado que, infelizmente, adulterava muitas vezes as folhas de chá, adicionando-lhes folhas de outras plantas para fazer “render o peixe”. Este negócio de mercado negro chegou a proporções tal que, em 1784, o primeiro-ministro William Pitt colocou um ponto final na situação ao reduzir o imposto de 119% para 12.5%! De um dia para o outro, o chá tornou-se acessível e o contrabando deixou de ser um negócio lucrativo.

Os reis das infusões

Depois de em 1834 ter terminado o monopólio da Companhia da Indía Oriental nas trocas comerciais com a China, o chá começou a ser produzido noutros países como a Índia e o Sri Lanka e o sucesso deste investimento revelou-se depressa. Em 1888, a Inglaterra já importava maischá da Índia do que da China e os números falam por si: em 1851, quando todo o chá era proveniente da China, o consumo anual em Inglaterra era de cerca de 900 gramas por pessoa. Em 1901, e com o chá a ser importado (mais barato!) da Índia e do Sri Lanka, o consumo anual cresceu para 2,800 kg por pessoa! Não havia volta a dar: o início do século XX trouxe, para os britânicos, uma nova forma de bem-estar na vida – com uma chícara de chá sempre nas mãos!

A guerra do chá

A Inglaterra teve, ao longo da história, uma influência direta sobre o papel e a importância dochá no mundo… a tal ponto que esta bebida tranquila esteve na base de vários protestos e até uma guerra! O famoso “Boston Tea Party” foi uma resposta direta dos colonizadores americanos à subida do imposto no chá por parte do governo britânico. A manifestação aconteceu no dia 16 de Dezembro de 1773 na doca de Boston, onde os manifestantes destruíram várias caixas de chápertencentes à Companhia Britânica das Índias Orientais. Mas as coisas não ficaram por aí e os ânimos voltaram-se a exaltar por causa do chá… aliás, há quem diga que foi o “Boston Tea Party” que instigou a própria Revolução Americana. No entanto, importa esclarecer que a Revolução Americana não começou por causa do chá, mas sim porque os colonizadores americanos não tinham a liberdade de adquirir o seu chá onde pretendiam. O resultado desta guerra foi a independência do Império Britânico e a formação dos Estados Unidos da América.

O chá no século XXI

Atualmente, o chá continua a deliciar gerações de povos espalhados por todo o mundo, sendo ainda mais popular do que o café! No início do século XX, e com a invenção dos saches de chá nos Estados Unidos, houve uma “revolução pacífica” na forma como esta infusão era consumida. Porém, alguns adeptos do chá continuaram a preferir a sua preparação com recurso a folhas e ervas… caso dos britânicos que apenas adotarem as saches na década de 70! Com sabores para todos os gostos e benefícios ao nível da saúde e do bem-estar geral de quem bebe, o chá das cinco vai, certamente, continuará a fazer história!

Fonte:http://www.verdevida.ind.br/?p=3720