quinta-feira, 15 de julho de 2021

Curiosidades Sobre a Comida Japonesa

 Curiosidades Sobre a Comida Japonesa



1. Principais temperos: açúcar, vinagre, limão, shoyu e gengibre

A comida japonesa é tipicamente agridoce. Vários pratos e molhos são temperados com molho shoyu (à base de soja, substituindo o sal), vinagre e açúcar. Até mesmo os menos prováveis, como o arroz usado na preparação dos sushis, levam açúcar. Essa combinação exótica é um tempero base, mudando, muitas vezes, de um molho ou de um prato para o outro, apenas a proporção entre shoyu, açúcar e vinagre.
Além da questão do paladar, eles consideram que o limão “cozinha” o peixe (como no ceviche, prato típico da culinária peruana). No sashimi de peixe branco (robalo), que vem acompanhado de uma fatia de limão, observamos isso claramente. Após um certo tempo de contato do limão com o peixe, este fica esbranquiçado. Essa propriedade do limão é aproveitada na produção de vários pratos, dentre eles o popular e delicioso carpaccio de peixe branco, servido com limão e pimenta, cujo nome original é usuzukuri.

O gengibre, por sua vez, é tido por eles como um antisséptico para os pratos ricos em carne crua. Para mim é clara a percepção de que o gengibre limpa as papilas gustativas, aguçando o paladar entre um e outro prato. É muito bom! A raiz forte (wasabi) também tem a propriedade de dar frescor ao paladar, mas como o próprio nome diz, ela tem um sabor muito forte, não agradando a todos. O ideal é diluir uma pequena quantidade de wasabi na sua porção de shoyu.

2. Diferença entre os pratos frios básicos

Para nós, brasileiros, parece que toda comida japonesa tem um nome quase impossível de se gravar, terminado em i ou u! Kkkkkkk… Uma curiosidade que aprendi na minha “viagem” ao Japão, é que a maioria das palavras é oxítona. Até mesmo o famoso shoyu se pronuncia “shoyú” (com a sílaba forte no u). Desta forma, todos os pratos abaixo possuem uma pronúncia oxítona, OK? Aprenda certinho e arrase na mesa com seus amigos!

Sushi: arroz japonês enrolado em forma de rocambole, com ou sem alga, com recheios variados, cortado em fatias. Alguns têm cobertura também. Os nomes dos sushis variam de acordo com a posição da alga (por dentro, por fora ou enrolada com o arroz) e com as diferenças na preparação (empanado, quente…) e nos recheios.

Sashimi: fatias de peixe cru, mais grossas que o carpaccio. Os sashimis mais comuns são de robalo, atum, tilápia e salmão. Mas há também sashimis de polvo, kani e camarão.

Niguiri: uma massa de arroz japonês compridinha, com algo em cima – geralmente peixe ou fruto do mar. Alguns levam vegetais, limão ou cream cheese por cima. Pode ou não vir enrolada com uma alga no sentido transversal. A novidade para mim foi o niguiri tamago, coberto com uma fatia finíssima de rocambole de ovo, parecido com um omelete, temperado com vinagre e açúcar. Delicioso!
Temaki: cone feito com alga, recheado com arroz japonês e outros ingredientes, como peixes, vegetais, frutas, molhos, etc.

3. O que há de especial no arroz japonês

O arroz japonês tem um formato mais redondinho. Mas a principal diferença dele em relação ao nosso é seu teor de amido. Por possuir muito mais amido que o nosso agulhinha, possui uma consistência diferente e, após cozido, os grãos ficam mais grudadinhos. Por isso conseguimos comê-lo usando os famosos pauzinhos, chamados hashis (lembre-se da pronúncia forte na última sílaba, viu? Não diga “háshi”). Mas não confunda as coisas! Ele não é um arroz empapado! Quando passado do ponto de cozimento acaba quase por formar uma massa, apresentando uma consistência ruim… Eu comi arroz japonês puro, cozido apenas na água, e posso afirmar que ele é muito mais saboroso que o nosso!

4. Como usar o shoyu corretamente

A maneira correta de molhar as peças no shoyu é diferente do que nós, brasileiros, estamos acostumados. Assim como o ponto de cozimento do arroz japonês diz muito sobre quem o preparou, o tempero dos sushis, gunkans, niguiris e temakis, dentre outras receitas que levam arroz em seu preparo, dizem muito sobre a qualidade do trabalho do sushiman. Para os japoneses, colocar shoyu no arroz não permite que saboreemos o tempero do prato. E para saborear a comida japonesa, preparada com tanta técnica, o ideal é molhar com shoyu apenas as carnes sem tempero, como os sashimis ou a parte de cima dos niguiris. Além disso, o shoyu deve ser usado em pequena quantidade (sem mergulhar o sashimi inteiro no molho). Segundo a cultura japonesa, molhar o arroz com shoyu é um crime proporcional ao uso de catchup na pizza dos italianos.

5. Pratos nipo-brasileiros

Para os japoneses mais tradicionais, há alguns pratos “japoneses” conhecidos por nós que não são conhecidos deles. Como? É que os restaurantes têm se adaptado ao nosso paladar e aos nossos ingredientes para atender uma demanda cultural e comercial crescente. Por lá não existe manga, banana, morango, cream cheese ou tomate seco como vemos nos sushis por aqui… Esse pratos foram desenvolvidos especialmente para nos agradar! Da mesma forma, o kani kama, que para eles é carne de caranguejo prensada, para nós é apenas uma massa de peixe aromatizada com essência de caranguejo.

Fonte:http://www.anibra.com.br/

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